Economia

Reforma fiscal nos EUA não beneficiará os mais ricos, diz Tesouro

O secretário do Tesouro enfatizou que o objetivo de Trump "é criar cortes de impostos para a classe média e não cortes de impostos para os mais ricos"

Steven Mnuchin: o projeto suscita profundas divergências por seu potencial impacto econômico e social (Spencer Platt/Getty Images)

Steven Mnuchin: o projeto suscita profundas divergências por seu potencial impacto econômico e social (Spencer Platt/Getty Images)

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AFP

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 08h40.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, assegurou neste domingo que o polêmico projeto de reforma discal não favorecerá os mais ricos, como sustenta a oposição democrata.

"Este não é o caso", disse Mnuchin, consultado sobre este ponto pela emissora ABC.

"Como dissemos, as mudanças na faixa mais elevada são compensadas pela eliminação de quase todas as deduções, exceto as que dizem respeito a doações de caridade ou juros sobre empréstimos imobiliários", destacou o chefe do Tesouro.

"Mais uma vez, e sempre fomos coerentes, o objetivo do presidente - e acho que o Congresso entende assim - é criar cortes de impostos para a classe média e não cortes de impostos para os mais ricos", insistiu.

"O objetivo do presidente é que os ricos não tenham cortes de impostos", disse.

Qualificado pelo presidente Donald Trump como "revolucionário", o projeto suscita profundas divergências por seu potencial impacto econômico e social. Entre suas maiores mudanças está a redução dos impostos às empresas, que passariam de 35% a 20%.

O imposto de renda diminuiria e seria menos progressivo, passando das sete faixas atuais para apenas três, com uma máxima de 35% no lugar de 39,6%. Uma eventual faixa adicional sobre os mais ricos poderia ser adicionada, embora a proposta seja vaga.

"Esta não é uma reforma tributária, é um presente para os mais ricos, pago pela classe média", destacou esta semana Nancy Pelosi, líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes.

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