Economia

Reforma do PAC provocará 'disfunções' na Espanha, diz ministro

Governo espanhol teme uma diminuição nas verbas que o setor agrícola do país recebe

O ministro espanhol Miguel Arias Cañete está preocupado com a proposta da Comissão Europeia

O ministro espanhol Miguel Arias Cañete está preocupado com a proposta da Comissão Europeia

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 13h35.

Bruxelas - O modelo de reforma proposto pela Comissão Europeia de Política Agrária Comum (PAC), provocará muitas disfunções na Espanha, disse nesta terça-feira em Bruxelas o ministro da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da Espanha, Miguel Arias Cañete.

Para Cañete, a Comissão Europeia deveria manter o mesmo orçamento.

"Os agricultores espanhois não podem ver diminuídos os níveis de ajuda que recebem", afirmou o ministro em uma coletiva de imprensa, ao término de uma reunião com o comissário da Agricultura da UE, Dacian Ciolos.

Por essa razão, o novo titular de Agricultura espanhol pediu que se fixe a proposta para o PAC antes de "fechar o debate" sobre sua reforma.

"Para a Espanha é preferível primeiro que se feche o debate orçamentário para que possamos conhecer os recursos disponíveis e para que fechemos o debate sobre a política agrária comum", disse o ministro.

O PAC foi criado há mais de 40 anos e representa aproximadamente 55 bilhões de euros anuais no orçamento da UE. A Espanha figura entre os grandes beneficiados, com 7,500 bilhões anuais.

"Não podemos ficar quietos", disse o ministro sobre a reforma do PAC da União Europeia, prevista para 2014 a 2020, para em seguida afirmar que a "agricultura será uma prioridade" para o novo governo do conservador Mariano Rajoy.

"Vamos a apoiar a Comissão para que as perspectivas financeiras sejam satisfatórias, (mas também) queremos o apoio da Comissão para modificar a Política" Agrária Comum, afirmou o ministro em sua primeira visita à Bruxelas desde que assumiu o cargo.

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