Economia

Redução de juros do BCE "deve ser um sinal", diz Lagarde

Além do corte dos jutos a 0,75%, seu mínimo histórico, a diretora do FMI ressaltou a importância da decisão do BCE de baixar a 0% a facilidade de depósito

Christine Lagarde, diretora do FMI, em conferência na cidade de Tóquio, no Japão (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Christine Lagarde, diretora do FMI, em conferência na cidade de Tóquio, no Japão (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 06h48.

Tóquio - A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, considerou nesta sexta-feira que a decisão do Banco Central Europeu de diminuir as taxas de juros em 0,25% "deveria representar um sinal para todas as economias da zona".

Além do corte dos jutos a 0,75%, seu mínimo histórico, Lagarde ressaltou a importância da decisão do BCE de baixar a 0% a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais.

"É relevante, para assim poder estimular o mercado interbancário, que não está tão ativo como deveria", disse em entrevista coletiva em Tóquio, onde participou de um seminário preparatório das reuniões do FMI e do Banco Mundial (BM) que a capital japonesa acolherá em outubro.

De acordo com Lagarde, 'leva um pouco de tempo para os mercados, os investidores e os banqueiros digerirem o resultado destas decisões', pelo que estas medidas demorarão um pouco para serem observadas.

Largarde também se referiu à coordenação entre os diferentes bancos centrais, que atualmente tomam decisões 'com uma diferença de 30 ou até de 15 minutos'.

'Não sei se isso é uma ação coordenada ou não, o que está claro é que estas políticas são boas', disse, em referência às decisões sobre os juros, a facilidade de depósitos e a busca por 'programas alternativos' como fez ontem o Banco da Inglaterra.

O emissor britânico decidiu nesta quinta-feira manter invariáveis as taxas de juros no Reino Unido em 0,5%, mas aumentou em 50 bilhões de libras seu programa de estímulo econômico, que desta forma alcançou 375 bilhões de libras, para injetar liquidez no mercado.

Lagarde também falou sobre a situação da economia japonesa e definiu como "valente" a alta do imposto sobre o consumo de 5% para 10% até 2015, um projeto que atualmente é avaliado pelo Parlamento do Japão.

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