Redução da Selic vai melhorar indicadores industriais, diz CNI
Segundo a confederação, a melhora será consequência do aumento da oferta de crédito e do consumo
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2011 às 15h04.
Brasília – A redução da taxa básica de juros resultará em melhoria dos indicadores industriais, em um efeito cascata, ao melhorar a oferta de crédito com consequente impacto positivo na demanda das famílias, que vão consumir mais. A avaliação é do gerente executivo e economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.
Segundo ele, é preciso ficar atento a dois sinais que vão interagir até o final do ano e que são importantes. “De um lado, o sinal positivo de expansão dado pela queda da taxa básica de juros e, por outro lado, a crise internacional, que gera incertezas e turbulências que podem impactar, principalmente, no comércio exterior”, disse. Mesmo assim, para o economista, a expectativa é que haja uma melhora dos indicadores industriais no segundo semestre ante o primeiro semestre.
Hoje (6), a CNI divulgou dados sobre a atividade do setor que mostram expansão da indústria de transformação em agosto. A utilização da capacidade instalada (UCI), por exemplo, após ajustes sazonais, registrou alta de 0,2%, passando para 82,2%. Na comparação com agosto de 2010, a UCI ficou, no entanto, 0,2 ponto percentual inferior.
A CNI informou ainda que todos os indicadores dessazonalizados mais diretamente ligados à produção cresceram em agosto ante julho. O faturamento, por exemplo, aumentou 0,3%, com a terceira alta seguida. As horas trabalhadas cresceram 0,2%, embora, em julho, tenham registrado elevação bem maior, de 1,4%.
Já o emprego, pelo terceiro mês seguido, ficou estável em agosto ante julho, com os ajustes sazonais. Em comparação com agosto de 2010, o emprego cresceu 1,5%. Em julho passado, a expansão chegou a 2,1%.
Segundo a CNI, a massa salarial real – nesse caso a entidade compara sem os ajustes sazonais – recuou 3,3% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2010, houve alta de 4,5%. O rendimento real do trabalhador industrial caiu 3,7% de julho para agosto também sem os ajustes, mas cresceu 2,9% ante agosto de 2010.
A maior expansão ocorreu no setor de material eletrônico e comunicação. Segundo Castelo Branco, o faturamento do setor reflete a valorização do câmbio na primeira metade do ano. “O setor utiliza muitos componentes importados na sua linha de produção e, portanto, barateia os produtos e isso estimula os consumidores a uma demanda maior”, avaliou. Em comparação a agosto de 2010, o faturamento do setor cresceu 57,9% no mês passado.
Quanto à estabilidade do emprego, Castelo Branco disse que tem a ver com o arrefecimento da atividade econômica a partir do primeiro semestre, mas que se refletiu só agora nos indicadores. O emprego, informou, sempre reage com um certo atraso e defasagem às tendências de produção.
Brasília – A redução da taxa básica de juros resultará em melhoria dos indicadores industriais, em um efeito cascata, ao melhorar a oferta de crédito com consequente impacto positivo na demanda das famílias, que vão consumir mais. A avaliação é do gerente executivo e economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.
Segundo ele, é preciso ficar atento a dois sinais que vão interagir até o final do ano e que são importantes. “De um lado, o sinal positivo de expansão dado pela queda da taxa básica de juros e, por outro lado, a crise internacional, que gera incertezas e turbulências que podem impactar, principalmente, no comércio exterior”, disse. Mesmo assim, para o economista, a expectativa é que haja uma melhora dos indicadores industriais no segundo semestre ante o primeiro semestre.
Hoje (6), a CNI divulgou dados sobre a atividade do setor que mostram expansão da indústria de transformação em agosto. A utilização da capacidade instalada (UCI), por exemplo, após ajustes sazonais, registrou alta de 0,2%, passando para 82,2%. Na comparação com agosto de 2010, a UCI ficou, no entanto, 0,2 ponto percentual inferior.
A CNI informou ainda que todos os indicadores dessazonalizados mais diretamente ligados à produção cresceram em agosto ante julho. O faturamento, por exemplo, aumentou 0,3%, com a terceira alta seguida. As horas trabalhadas cresceram 0,2%, embora, em julho, tenham registrado elevação bem maior, de 1,4%.
Já o emprego, pelo terceiro mês seguido, ficou estável em agosto ante julho, com os ajustes sazonais. Em comparação com agosto de 2010, o emprego cresceu 1,5%. Em julho passado, a expansão chegou a 2,1%.
Segundo a CNI, a massa salarial real – nesse caso a entidade compara sem os ajustes sazonais – recuou 3,3% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2010, houve alta de 4,5%. O rendimento real do trabalhador industrial caiu 3,7% de julho para agosto também sem os ajustes, mas cresceu 2,9% ante agosto de 2010.
A maior expansão ocorreu no setor de material eletrônico e comunicação. Segundo Castelo Branco, o faturamento do setor reflete a valorização do câmbio na primeira metade do ano. “O setor utiliza muitos componentes importados na sua linha de produção e, portanto, barateia os produtos e isso estimula os consumidores a uma demanda maior”, avaliou. Em comparação a agosto de 2010, o faturamento do setor cresceu 57,9% no mês passado.
Quanto à estabilidade do emprego, Castelo Branco disse que tem a ver com o arrefecimento da atividade econômica a partir do primeiro semestre, mas que se refletiu só agora nos indicadores. O emprego, informou, sempre reage com um certo atraso e defasagem às tendências de produção.