"Estimamos que a Rússia faturou US$ 11,6 bilhões em fevereiro, em comparação com US$ 14,3 bilhões em janeiro e cerca de US$ 20 bilhões um ano antes", afirmou em seu relatório mensal sobre o petróleo (AFP/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 15 de março de 2023 às 15h52.
As receitas de petróleo da Rússia caíram 42% na comparação anual em fevereiro, sob o efeito das sanções do G7 e da União Europeia (UE), embora o país comercialize aproximadamente o mesmo volume de petróleo bruto, informou a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta quarta-feira, 15.
"Estimamos que a Rússia faturou US$ 11,6 bilhões em fevereiro, em comparação com US$ 14,3 bilhões em janeiro e cerca de US$ 20 bilhões um ano antes", afirmou em seu relatório mensal sobre o petróleo.
No entanto, um ano após a invasão russa da Ucrânia, "o país continua enviando aproximadamente o mesmo volume de petróleo para os mercados mundiais", acrescenta o documento.
"Isso mostra que o regime de sanções do G7 não conseguiu reduzir a oferta global de petróleo bruto e derivados, mas limitou a capacidade da Rússia de gerar receitas com a exportação", concluiu.
A produção de petróleo russa em fevereiro ficou quase nos mesmos níveis de antes do conflito. As exportações caíram 500 mil barris/dia, para 7,5 milhões de barris (mbd).
No ano passado, os 4,5 mbd de petróleo russo anteriormente destinados à UE, à América do Norte e a outros países da OCDE encontraram outros destinos.
Atualmente, o petróleo russo vai principalmente para a Ásia, principalmente para a Índia e, em menor escala, para a China. Os dois países absorveram mais de 70% das reservas exportadas por Moscou, segundo a AIE.