Economia

Arrecadação com Refis pode chegar a R$ 19 bi, diz Receita

Receita espera mais R$ 6,5 bilhões em outras receitas administradas. Dessa forma, a arrecadação de 2014 deve ter um reforço extra em torno de R$ 31 bilhões


	Dinheiro: secretário evitou dizer se arrecadação crescerá menos de 1% no ano se PIB crescer menos que 0,9%
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: secretário evitou dizer se arrecadação crescerá menos de 1% no ano se PIB crescer menos que 0,9% (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 17h05.

Brasília - O secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, afirmou nesta terça-feira, 23, que a arrecadação extraordinária com o Refis referente ao período de agosto a dezembro deste ano pode atingir R$ 19 bilhões, um pouco acima do projetado pelo Fisco.

Segundo ele, com base na adesão realizada ao programa no final de agosto, a Receita calcula uma arrecadação de R$ 16,2 bilhões.

Além disso, conforme o relatório de avaliação de receitas e despesas do quarto bimestre, são esperados mais R$ 3 bilhões com a possibilidade das empresas, que já estão incluídas em parcelamento, quitarem seus débitos usando base de cálculo negativa da CSLL, desde que pague 30% do total em dinheiro.

"A projeção de R$ 18 bilhões foi muito próximo da realidade", disse.

A Receita Federal espera mais R$ 6,5 bilhões em outras receitas administradas. Dessa forma, a arrecadação de 2014 deve ter um reforço extra em torno de R$ 31 bilhões.

PIB

O secretário evitou afirmar se a arrecadação federal crescerá menos de 1% no ano se o PIB crescer menos que 0,9%, que é a previsão oficial para o crescimento da economia brasileira em 2014.

"Claro que é um fator que faz com que haja diminuição no ingresso de receitas administradas, mas pode ter outros fatores. A questão do PIB é só um elemento", afirmou.

"O PIB tem impacto relevante em termos de fluxo de arrecadação, mas não é e não pode ser a única variável a ser considerada", disse.

Ao justificar a revisão na estimativa de alta da arrecadação em 2014, de 2% para 1%, Nunes disse que os indicadores econômicos são "uma parte" da explicação e citou PIS/Cofins para Importação, legislação de ICMS e volume de compensações no ano.

"Essas justificativas somam e agora temos novas variáveis, entre elas a nova previsão para o PIB", disse, em referência à revisão da estimativa oficial, que caiu de 1,8% para 0,9%, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Ministério do Planejamento.

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