Economia

Receio de crise deve conter gastos em liquidações na França

Orçamento médio dos consumidores para as vendas de liquidação de inverno caiu para € 223, de € 244 no ano passado


	Franceses com o orçamento mais apertado: consumidores disseram que iriam se juntar ao ritual de inverno, mas gastando menos que o ano passado
 (Nir Elias/Reuters)

Franceses com o orçamento mais apertado: consumidores disseram que iriam se juntar ao ritual de inverno, mas gastando menos que o ano passado (Nir Elias/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 12h38.

Paris - Os consumidores franceses estarão em peso à procura de pechinchas quando as liquidações de inverno começarem na próxima semana, mas diante das preocupações sobre a crise econômica na Europa, eles planejam gastar menos do que em anos anteriores.

Cerca de 76 por cento dos consumidores disseram que iriam se juntar ao ritual de inverno a partir de 9 de janeiro, mesmo nível de 2012, de acordo com uma pesquisa do Ipsos para a associação de varejo francesa CNCC.

Mas o orçamento médio para as vendas de liquidação caiu para 223 euros, de 244 euros no ano passado, com 45 por cento dizendo que iriam conter os gastos por causa do clima econômico difícil.

Esse pano de fundo foi um fator que tornou dezembro um mês difícil para os varejistas, que sinalizaram que descontos maiores do que os habituais eram prováveis já que eles procuram ganhar o máximo possível para pagar pelos estoques para a nova temporada.

Cinquenta e seis por cento dos compradores disseram acreditar que o pior da crise econômica ainda estava por vir, apontou a pesquisa do Ipsos.

Uma pesquisa separada da IFOP para a loja de sapatos online Spartoo colocou o orçamento médio para as liquidações em 201 euros, queda de 28 euros frente ao ano passado.


Os descontos durante os primeiros dias da temporada de liquidações deste ano, que vai até 12 de fevereiro, podem chegar a 60-70 por cento, afirmou o chefe da CNNC, Jean-Michel Silberstein, à Reuters.

"Nós achamos que isto deve criar um começo muito bom. Estamos esperando 15 milhões de visitantes nos centros comerciais no primeiro dia das vendas." Isso iria superar os 14 a 14,5 milhões de visitantes no dia de abertura do ano passado.

Nos últimos anos, os descontos iniciais raramente superaram 40 por cento, mas os varejistas estão ansiosos para levantar fundos rapidamente, notadamente no setor de vestuário, para pagar pelos itens de primavera e verão que eles já encomendaram.

Bernard Morvan, chefe da Federação de Varejistas de Roupas FNH, disse que "as vendas aumentaram durante o fim de semana do Natal, mas isso não vai compensar as vendas fracas no início de dezembro".

Muitos clientes atrasaram suas compras até o fim de semana antes do Natal, que este ano caiu em uma terça-feira, e o clima ameno incomum durante dezembro reduziu as compras de itens de inverno, como casacos, acrescentou ele.

A confiança do consumidor francês subiu inesperadamente em dezembro, para o nível mais alto desde agosto, informou a agência de estatísticas INSEE na semana passada, com os temores sobre o aumento do desemprego, em parte, compensados pela redução de temores sobre a inflação futura.

Mas, em 86, a leitura ficou bem abaixo da média de longo prazo de 100.

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