Economia

Reajuste nas tarifas de energia elétrica pressionam inflação

Segundo técnicos do IBGE, houve reajustes diretos ou indiretos do serviço em seis das 13 cidades e regiões metropolitanas pesquisadas pela instituição


	 Aumento de 1,76% do custo da energia elétrica foi o item individual que mais impactou para a inflação
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Aumento de 1,76% do custo da energia elétrica foi o item individual que mais impactou para a inflação (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 12h08.

Rio de Janeiro - Reajustes nas tarifas de energia elétrica nos meses de julho e agosto contribuíram para aumentar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês passado. Segundo técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve reajustes diretos (ou indiretos, por meio de aumento de tributos) do serviço em seis das 13 cidades e regiões metropolitanas pesquisadas pela instituição.

Com os empregados domésticos (que tiveram alta de 1,26%), o aumento de 1,76% do custo da energia elétrica foi o item individual que mais impactou para a inflação. A energia elétrica acumula altas de 11,66% em 2014 e 13,58% nos últimos 12 meses.

O impacto deste ano na inflação é inverso ao fenômeno de 2013, quando foi o item mais importante para conter a taxa, tendo caído mais do que 15%, lembrou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. "Em 2013, foram feitas várias revisões tarifárias e as contas ficaram mais baratas. Já agora [em 2014], com problemas que vêm acontecendo no setor, os reajustes têm sido relativamente altos em grande parte das regiões e as contas têm ficado mais salgadas”, explicou.

Analisando-se os grupos de despesa do IPCA, apenas alimentação e vestuário tiveram queda de preços, ambos com deflação de 0,15%. Os demais tiveram inflação: habitação (0,94%), artigos de residência (0,47%), educação (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,41%), transportes (0,33%), comunicação (0,1%) e despesas pessoais (0,09%).

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia elétricaEstatísticasIBGEIndicadores econômicosInflaçãoIPCAServiçosTarifas

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Banco Central aprimora regras de segurança do Pix; veja o que muda

Mais na Exame