Exame Logo

Reajuste do salário mínimo ficou abaixo da inflação de 2019

INPC fechou 2019 com alta de 4,48%, informou o IBGE nesta sexta; piso de 2020, de R$ 1.039, mostra uma alta de 4,1% em relação ao do ano passado

Salário mínimo (IltonRogerio/Getty Images)

Ligia Tuon

Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 14h29.

Última atualização em 13 de janeiro de 2020 às 14h04.

São Paulo - O salário mínimo que começou a vigorar em 1º de janeiro de 2020 não repõe a inflação de 2019.

O cálculo do valor do piso leva em consideração a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que fechou o ano com alta de 4,48%, de acordo com divulgação feito nesta sexta-feira (10) pelo IBGE.

Veja também

Em relação ao valor do salário mínimo do ano passado, porém, o deste ano mostra uma alta de 4,1% — de R$ 998 para 1.039.

O INPC é calculado com base no rendimento das famílias que ganham de um a cinco salários mínimos e usado como referência para os reajustes salariais. Em dezembro, a variação do índice foi de 1,22%, o maior para o mês desde 2002, quando registrou 2,70%.

A regra de reajustes reais no salário mínimo, calculados pelo INPC mais a variação do PIB de dois anos antes, foi criada pelo governo Lula, virou lei em 2012 no governo Dilma e expirou em 2019.

Neste período, não houve alta real do mínimo em apenas dois anos: 2017 e 2018, pois foram os anos cujo cálculo tomou como referência os anos de recessão: 2015 e 2016.

O governo nega que o fim dos reajustes reais seja uma política permanente do novo governo, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem dizendo quea definição de uma políticapara uma sequência de anos e com concessão de aumento real ameaçaria empregos. Segundo ele, por ora, o compromisso do governo é com a manutenção do poder de compra.

Segundo cálculos da equipe econômica, para 2020, cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas da União em cerca de R$ 320 milhões.

Acompanhe tudo sobre:IBGEInflaçãoINPCPaulo GuedesSalário mínimo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame