Economia

Reação à crise supera pacotes de EUA e China, diz Conselho Europeu

O presidente do Conselho pediu a ratificação do Fundo de Recuperação de 750 bilhões de euros, que precisa da chancela do Parlamento e dos Estados-membro

"Esta corajosa reação foi fundamental para proteger nossos cidadãos e salvaguardar nossas empresas" (Thierry Monasse / Colaborador/Getty Images)

"Esta corajosa reação foi fundamental para proteger nossos cidadãos e salvaguardar nossas empresas" (Thierry Monasse / Colaborador/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 10h02.

Última atualização em 8 de setembro de 2020 às 10h12.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou nesta terça-feira, 8, que a resposta econômica da Europa à crise da covid-19 tem sido "muito superior" aos pacotes de estímulo anunciados por Estados Unidos e China. "Esta corajosa reação foi fundamental para proteger nossos cidadãos e salvaguardar nossas empresas. Os mercados financeiros também reconheceram nossa atuação abrangente", defendeu Michel no Fórum Econômico de Bruxelas.

Entre as medidas acordadas pelos líderes europeus - e ressaltada hoje por Michel, em discurso - está o Fundo de Recuperação de 750 bilhões de euros. O presidente do Conselho clamou por uma rápida ratificação do projeto, que ainda precisa da chancela do Parlamento Europeu e dos Estados-membro para entrar em vigor.

Por outro lado, Charles Michel reconheceu que a crise da covid-19 pode ser ainda mais severa se não houver uma resposta de estímulo abrangente. "Sabemos que o impacto dos choques econômicos pode durar muito depois de suas causas terem sido tratadas - por exemplo, deprimindo o mercado de trabalho e desgastando as competências associadas ao desemprego prolongado" destacou.

UE corta tarifas sobre produtos importados dos EUA

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), cortes em tarifas aplicadas sobre produtos importados dos Estados Unidos, visando expandir o comércio entre as partes em cerca de 200 milhões de euros por ano. "A iniciativa é um primeiro passo para reduzir a tensão comercial bilateral", diz um despacho do órgão.

Em troca, diz a Comissão, os Estados Unidos reduzirão em US$ 160 milhões por ano impostos sobre alguns produtos exportados pela UE para o mercado americano, colocando em vigor o acordo tarifário firmado entre bloco e país no mês passado. As medidas serão aplicadas com efeito retroativo a partir de 1º de agosto de 2020.

"Este acordo oferece a ambos os lados um verdadeiro resultado ganha-ganha, ajudando-nos a fortalecer ainda mais nossa parceria", diz o vice-presidente executivo da Comissão, Valdis Dombrovskis. "A redução de tarifas em ambos os lados melhora o acesso de nossos exportadores e reduz o custo dos produtos importados. Esses são fatores criticamente importantes nesta época de crise econômica relacionada ao coronavírus", acrescenta.

Entre os produtos, a UE eliminou a tarifação de lagosta importada dos EUA. Washington, por sua vez, deve responder isentando refeições preparadas, alguns copos de cristal e cigarros exportados pelo bloco europeu.

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