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Rajoy garante a premiê finlandês que Espanha manterá reforma

A Espanha "não abandonará suas responsabilidades, nem se esconderá ante as dificuldades", declarou Rajoy após se reunir com Katainen em Madri

Rajoy e Jyrki Katainen: Katainen reconheceu ainda que os cortes afetam o crescimento, mas insistiu que os ajustes são imprescindíveis (REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 16h54.

Madri - O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, garantiu nesta terça-feira ao primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, reticente a prestar socorro na zona do euro a países com dificuldades financeiras, que a Espanha continuará lutando contra o déficit e promovendo reformas.

A Espanha "não abandonará suas responsabilidades, nem se esconderá ante as dificuldades", declarou Rajoy após se reunir com Katainen em Madri.

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Katainen reconheceu que a pressão sobre a Espanha "não é justa" porque os mercados não estão avaliando corretamente as "atuações decididas" do governo. Por sua vez, Rajoy voltou a deixar no ar um eventual pedido de ajuda financeira insistindo que não há uma decisão tomada.

Sobre essa possibilidade de segunda ajuda à Espanha, Katainen disse hoje, antes de se reunir com Rajoy, que podem ser evitados "resgates adicionais" com os mecanismos atualmente disponíveis na União Europeia (UE), entre eles a proposta do Banco Central Europeu (BCE) de comprar dívida soberana se houver uma solicitação prévia.

Nesse sentido, na entrevista coletiva com Rajoy, o premiê afirmou que o fundamental agora é "buscar métodos que possam fazer com que sejam evitados esses pacotes de ajuda".

"O essencial é que um país se comprometa a pôr em ordem sua própria economia", ressaltou o primeiro-ministro finlandês.


Já Rajoy garantiu que a Espanha está comprometida com a redução do déficit e com as reformas, mas ressaltou que, junto com a resposta nacional à crise, é necessária uma ação coordenada europeia que dissipe "de forma categórica" qualquer dúvida sobre a continuidade do euro.

Katainen lembrou que a situação vivida pela Espanha é semelhante à grave crise que seu país enfrentou no final dos anos 90, e afirmou que compreende que os cidadãos considerem injustas as medidas que estão sendo aplicadas ao comprovar que não são suficientes para que diminua o prêmio de risco nacional.

Entretanto, o premiê disse que há finlandeses que consideram injusto sofrer por uma crise que não provocaram, porque seu país respeitou as normas.

Segundo ele, a solução da crise passa pelo BCE, pelo compromisso de cada país membro e por conseguir uma solução conjunta que dissipe "o pânico exagerado" dos mercados. Nesse contexto, ele garantiu que a Finlândia está comprometida "cem por cento" com o euro.

Katainen reconheceu ainda que os cortes afetam o crescimento, mas insistiu que os ajustes são imprescindíveis para o ganho de confiança. Segundo ele, as divergências dentro da UE são "normais", e "não se deve fazer uma lista de problemas", mas apresentar soluções.

Rajoy agradeceu seu apoio e disse que seria "injusto" reclamar da Finlândia, país que participa da linha de liquidez estipulada para os bancos espanhóis.

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