Economia

Rajoy anuncia mais cortes para ajuste de 65 bi de euros

O premiê acrescentou que "na situação atual da Espanha, crescer e criar empregos não é possível"

Primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, no Parlamento em Madri (Andrea Comas/Reuters)

Primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, no Parlamento em Madri (Andrea Comas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 06h46.

Madri - O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, anunciou nesta quarta-feira mais cortes e um aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) para conseguir, em dois anos e meio, um ajuste de 65 bilhões de euros, ou seja, de 6,5% do PIB.

O chefe do Executivo assegurou que as novas medidas são parte das obrigações assumidas pela Espanha com a União Europeia, e as justificou também por perspectivas econômicas mais pessimistas para 2013.

Durante um discurso na Câmara dos Deputados para explicar os resultados da última cúpula da União Europeia, Rajoy precisou que 'tudo aponta que a situação recessiva continuará, ainda mais perto de 0%', frente ao crescimento esperado de 0,2% do PIB.

Entre as medidas que serão adotadas de forma 'imediata', Rajoy anunciou uma alta do tipo geral do IVA de 18% para 21%, assim como de 8% para 10% no caso do tipo reduzido.

Por outro lado, será mantido em 4% o tipo super-reduzido para produtos de primeira necessidade.

Rajoy se referiu também a um dos mais graves problemas da economia espanhola, o desemprego, quando disse que '5,7 milhões de pessoas saem todas as manhãs de suas casas para procurar trabalho e não encontram'.

O premiê acrescentou que "na situação atual da Espanha, crescer e criar empregos não é possível. Atravessamos a segunda recessão mais grave de nossa história, com um decréscimo da atividade econômica próximo a 2%".

Nesse sentido, anunciou que os novos desempregados verão reduzido o valor de seu auxílio a partir do sexto mês, embora será mantido o período máximo de 24 meses de duração desta ajuda.

Rajoy assinalou também que os funcionários públicos e altos cargos não receberão a gratificação de Natal em 2012, mas que os empregados públicos a recuperarão como fundo de pensões em 2015.

Também será eliminada a dedução fiscal por compra de casa a partir de 2013, e disse que se procederá neste mesmo ano a um novo ajuste de 600 milhões de euros nas verbas dos departamentos ministeriais.

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