Economia

Queda no emprego de maio é a maior desde 2009, diz Fiesp

A Fiesp divulgou que o nível de emprego da indústria paulista caiu 0,37% em maio ante abril, com ajuste sazonal


	Segundo Sacca, mesmo com o resultado de maio a entidade mantém as expectativas de crescimento de 1% no emprego, com a criação de cerca de 30 mil vagas em 2013
 (REUTERS/Nacho Doce)

Segundo Sacca, mesmo com o resultado de maio a entidade mantém as expectativas de crescimento de 1% no emprego, com a criação de cerca de 30 mil vagas em 2013 (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 15h45.

São Paulo - O diretor-adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Walter Sacca, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o nível de emprego da indústria paulista em maio deste ano só foi melhor que o de maio de 2009, ano historicamente ruim para o emprego por conta do reflexo da crise.

A Fiesp divulgou que o nível de emprego da indústria paulista caiu 0,37% em maio ante abril, com ajuste sazonal. Em 2009, a queda na geração de empregos no mês de maio foi de 0,57%.

Segundo Sacca, mesmo com o resultado de maio a entidade mantém as expectativas de crescimento de 1% no emprego, com a criação de cerca de 30 mil vagas em 2013.

O diretor-adjunto da Fiesp destacou que o comportamento do setor de açúcar e álcool, que em maio respondeu por participação de 62,2% (2.176 postos) na criação de vagas, já era esperado por conta do início da safra. Ele ressaltou, no entanto, que o peso do setor na geração de empregos tem se reduzido por conta da automação da colheita.

"Em 2007, no acumulado do ano até maio, 65% vinha do açúcar e álcool. Já neste ano o porcentual chega a 21,1%", disse. "O setor continua sendo o mais influente, mas com um peso que diminui com o tempo."

Segundo Sacca, como o processo de finalização de automação no campo já está próximo de ser concluído em São Paulo, essa influência caminha para uma estabilidade.

Produtividade

Sacca afirmou que, apesar de a indústria estar tendo um crescimento lento, essa expansão não está sendo acompanhada pelo aumento da produtividade. "A recuperação da indústria no sentido de voltar a ser competitiva passa por acerto cambial, juros, mas, principalmente, pelo aumento de produtividade", disse.

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