Economia

Queda em vagas de trabalho pode ter parado em janeiro, diz Itaú

No cenário traçado pelo banco, os números do Caged de janeiro devem ter permanecido estáveis, invertendo meses seguidos de destruição de vagas

Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos de trabalho sob os efeitos da forte recessão econômica (Ilustração de Paulo Garcia sobre foto de Raul Junior/Site Exame)

Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos de trabalho sob os efeitos da forte recessão econômica (Ilustração de Paulo Garcia sobre foto de Raul Junior/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 12h13.

São Paulo - A economia brasileira pode ter parado de destruir vagas formais de emprego em janeiro deste ano, de acordo com avaliação do economista-chefe do banco Itaú, Mário Mesquita.

No cenário traçado pelo banco, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho de janeiro, com ajuste sazonal, devem ter permanecido estáveis, invertendo meses seguidos de destruição de vagas formais.

"Essa projeção de estabilidade só era esperada para meados deste ano", afirmou Mesquita.

A antecipação da melhora do mercado de trabalho, disse o economista, está relacionada com o crescimento no número de admissões já apontado pelo Caged no fim do ano passado.

Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos de trabalho sob os efeitos da forte recessão econômica, e registrou o segundo pior resultado da série histórica iniciada em 1992 de acordo com o Caged.

A estabilidade, porém, não deve ser suficiente para reduzir a taxa de desemprego tão cedo. O banco estima que a taxa medida pela Pnad Contínua do IBGE encerre este ano em 13,2 por cento, após 12 por cento em dezembro de 2016, caindo em 2018 a 12,9 por cento.

Para o crescimento econômico, o banco estima avanço de 1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)em 2017 e de 4 por cento em 2018.

Meta

Na avaliação de Mesquita, o Conselho Monetário Nacional (CMN) terá uma grande oportunidade de reduzir o centro da meta de inflação para 2019 no encontro de junho.

Hoje, o centro da meta de inflação e de 4,5 por centro, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

"Se houver uma redução do centro da meta, ela será crível porque hoje há um governo comprometido com políticas fiscais", disse Mesquita.

A pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto a uma centena de economistas aponta que a expectativa já é de que a inflação fique abaixo do centro da meta este ano, a 4,43 por cento.

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