Economia

Quantidade de dívidas regularizadas cai 5,74% em setembro

Segundo o SPC Brasil e a CNDL, o resultado do nono mês do ano "dá continuidade à tendência de piora do indicador verificada ao longo de 2015"


	Homem endividado: "A comparação do dado acumulado nos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período do ano passado revela queda de 5,71%", destaca a nota conjunta
 (Thinkstock)

Homem endividado: "A comparação do dado acumulado nos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período do ano passado revela queda de 5,71%", destaca a nota conjunta (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 16h25.

São Paulo - O avanço do desemprego e a consequente diminuição da renda disponível das famílias, combinados com a alta das taxas de juros e com a inflação elevada, fizeram com que os brasileiros tivessem menos condições de acertar suas dívidas atrasadas em setembro.

A quantidade de dívidas regularizadas caiu 5,74% no mês passado, na comparação com setembro de 2014, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Na comparação com agosto deste ano, houve uma melhora, de 2,19%. Segundo o SPC Brasil e a CNDL, o resultado do nono mês do ano "dá continuidade à tendência de piora do indicador verificada ao longo de 2015".

Além disso, caiu pelo oitavo mês consecutivo o número de pessoas que limparam seus nomes. "A comparação do dado acumulado nos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período do ano passado revela queda de 5,71%", destaca a nota conjunta.

Para a CNDL, os indicadores negativos na comparação com o ano passado refletem as condições menos favoráveis da atividade econômica tanto para o consumo quanto para o pagamento de dívidas.

Já a melhora na comparação com agosto é reflexo do pagamento da primeira parcela do 13º salário e de dissídios de algumas categorias, segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

"Tradicionalmente, os últimos meses do ano são um período em que o consumidor busca regularizar suas pendências financeiras para voltar a consumir a prazo no período do Natal, ainda que neste ano o movimento esteja aquém de períodos anteriores", afirma.

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