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PT expulsa radicais

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu, neste domingo (14/12), pela expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados federais Babá (PA) e Luciana Genro (RS). A decisão foi tomada por 55 votos a favor e 27 contra, durante reunião do partdo em Brasília. A expulsão dos três parlamentares foi decidida depois de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu, neste domingo (14/12), pela expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados federais Babá (PA) e Luciana Genro (RS). A decisão foi tomada por 55 votos a favor e 27 contra, durante reunião do partdo em Brasília.

A expulsão dos três parlamentares foi decidida depois de mais de três horas de debates, em que Heloísa Helena, Babá e Luciana Genro tiveram oportunidade de se defender da posição da Comissão de Ética e Disciplina do partido, cada um falando cerca de quinze minutos. Depois deles, falaram seis a favor da expulsão e seis contra, antes da votação.

Mesmo não fazendo parte do Diretório Nacional do PT, o senador Eduardo Suplicy (SP), que chegou ao Hotel Blue Tree Park acompanhando a senadora Heloísa Helena, pôde votar porque o suplente Zezel Ribeiro (BA) cedeu seu lugar ao senador. Suplicy, quando falou em favor dos três parlamentares e contra a expulsão, chegou a levantar a proposta de que os três deveriam ter suas filiações suspensas pelo prazo de um ano, mas desistiu de sua proposta, quando sentiu que ela não teria apoio. Ele chegou a apelar ao ministro da Casa Civil, José Dirceu, para que interviesse, mas Dirceu rebateu, afirmando: "Não me meta nisso." O relato foi feito pelo deputado distrital Chico Vigilante. José Dirceu não se manifestou durante a reunião.

Logo depois de concretizada a expulsão de João Fontes (SE), diretamente pelo Diretório Nacional, o presidente da Comissão de Ética e Disciplina, Danilo Camargo, fez sua exposição de 92 páginas, onze das quais dedicadas ao seu voto.

Em entrevista, antes de viajar para Santos (SP), onde participaria de uma reunião do Diretório Municipal do PT, Camargo disse que seu voto se resumia nos seguintes pontos: os três parlamentares descumpriram orientação política da Executiva Nacional; não cumpriram deliberações de suas bancadas no Congresso Nacional; romperam com a fidelidade partidária; ignoraram orientações do Diretório Nacional; se opuseram às diretrizes do PT, articulando contra deliberações; encabeçaram atos públicos contra políticas do Governo; incitaram vaias contra dirigentes partidários; atacaram petistas que exercem cargos no Governo; atacaram Ministros do partido; votaram contra e fizeram oposição a projetos de interesse do PT ou objeto de fechamento de questão; e se aliaram às principais lideranças de oposição ao Governo, o PFL e o PSDB.

Depois da exposição do presidente da Comissão de Ética e Disciplina e da defesa dos próprios parlamentares, falaram revezando-se nas posições, seis contra e seis a favor da expulsão. Foram favoráveis à expulsão dos três parlamentares o deputado federal Carlos Abicalil (MT), o ministro da Educação, Cristovam Buarque, a senadora Ideli Salvatti (SC), o deputado Paulo Delgado (MG), o líder do PT no Senado, Tião Viana (AC) e o líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Contrários à expulsão se manifestaram os deputados Chico Alencar (RJ) e Walter Pinheiro (BA), o senador Eduardo Suplicy (SP) e Rogério Corrêa, Marcos Socol e Jorge Almeida, membros do Diretório.

Com informações da Agência Brasil

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