Economia

Proposta de Temer para Previdência pode ser aproveitada, sinaliza Bebianno

Para o ministro, é necessário aprovar alguns trechos da proposta como uma sinalização positiva para o mercados interno e externo

Bolsonaro e Temer: a questão não está pacificada dentro do governo e que a opinião dele não é uma unanimidade (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro e Temer: a questão não está pacificada dentro do governo e que a opinião dele não é uma unanimidade (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 16h09.

Última atualização em 2 de janeiro de 2019 às 16h09.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, defendeu nesta quarta-feira (2) a aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer.

Segundo ele, será um avanço. "Até como ganho de tempo, entendo que aproveitar o que já está lá, a reforma previdenciária concebida pelo Michel Temer. Acho que é um avanço. E depois, partir para outros ajustes".

Para Bebianno, é necessário aprovar alguns trechos da proposta como uma sinalização positiva para o mercados interno e externo. Ele enfatizou que a questão não está pacificada dentro do governo e que a opinião dele não é uma unanimidade.

"Não há uma definição sobre isso. O ministro Paulo Guedes é o responsável, sabe o que faz. No meu entendimento, ganharíamos tempo com a aprovação de, pelo menos, parte do que já está lá. O momento político é favorável, o apoio popular é muito grande".

Diálogo

A exemplo do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu o diálogo entre governo e oposição.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, no entanto, não acredita em um movimento semelhante de partidos mais representativos da esquerda, como PT e PSOL.

"Nós sabemos que dificilmente o PT virá para um diálogo franco, honesto do ponto de vista intelectual. Mas da nossa parte o diálogo é aberto".

Bebianno destacou que o presidente Jair Bolsonaro tem ideias e opiniões fortes, mas que "nunca se furtou a dialogar".

Câmara

Bebianno reiterou ainda que o governo não vai se envolver na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Segundo ele, quando governos "forçaram a mão", na tentativa de influenciar na escolha do presidente da Câmara, o resultado não foi favorável.

"A posição do governo é não se meter. Acreditamos na autonomia dos Poderes. Há, logicamente, uma preferência, mas a nossa posição é não externar essa preferência e deixar que o processo ocorra naturalmente."

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