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Produtores de sucata e usinas brigam por taxa de exportação

Grupos estão brigando sobre uma potencial tarifa de exportação do insumo usado na produção de aço

Segundo representante, taxa pode permitir que as usinas siderúrgicas controlem custos pela limitação do poder de preço dos produtores de sucata (Kiko Ferrite/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 10h30.

São Paulo - As maiores siderúrgicas do Brasil e produtores de sucata do país estão brigando sobre uma potencial tarifa de exportação do insumo usado na produção de aço, numa disputa que sinaliza o alto nível de proteção que conglomerados industriais desfrutam.

Representantes do setor de sucata metálica, que emprega mais de 1,5 milhão de pessoas, começaram uma ofensiva na terça-feira junto a parlamentares e governo para bloquear uma proposta do Instituto Aço Brasil (IABr), entidade que reúne os produtores de aço, para implementação da tarifa, submetida ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior neste mês.

A taxa pode permitir que as usinas siderúrgicas controlem custos pela limitação do poder de preço dos produtores de sucata, disse André de Almeida, diretor de assuntos jurídicos e institucionais do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa).

Atualmente, as 10 milhões de toneladas de sucata produzidas no Brasil são vendidas com desconto de 33 por cento em relação a preços internacionais, segundo ele.

A sucata é um dois principais ingredientes da produção de aço em fornos elétricos. O insumo é usado pela Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, Votorantim Siderurgia e ArcelorMittal. Produtores de sucata exportam 0,2 por cento da produção anual, disse Almeida.

"Os maiores grupos siderúrgicos querem que o governo crie esta tarifa porque não querem pagar um preço justo pela sucata que consomem", disse ele. "É justo que milhões de pessoas paguem para sustentar as margens de lucro destes grupos?" O presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, disse em entrevista que a motivação por trás da tarifa é "impor uma barreira a países que bloqueiam nossas exportações de produtos de aço" e "não é uma ação contra o setor de sucata".

Dois terços da sucata metálica do Brasil que é exportada, vai para países que impõem restrições à entrada de produtos de valor agregado brasileiros em seus territórios, disse Lopes. "Nossa proposta é simplesmente uma questão de reciprocidade", afirmou.

A disputa acontece em meio a uma das piores crises vividas pela indústria produtora de aço do Brasil. As usinas estão tendo de conviver com excesso de capacidade de produção global, preços fracos e aumento de custos de algumas matérias-primas como carvão.

"O Instituto Aço Brasil e as usinas em geral não estão contra as exportações de sucata. O que nos motiva é uma questão comercial, nada mais", disse Lopes.

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A taxa pode permitir que as usinas siderúrgicas controlem custos pela limitação do poder de preço dos produtores de sucata, disse André de Almeida, diretor de assuntos jurídicos e institucionais do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa).

Atualmente, as 10 milhões de toneladas de sucata produzidas no Brasil são vendidas com desconto de 33 por cento em relação a preços internacionais, segundo ele.

A sucata é um dois principais ingredientes da produção de aço em fornos elétricos. O insumo é usado pela Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, Votorantim Siderurgia e ArcelorMittal. Produtores de sucata exportam 0,2 por cento da produção anual, disse Almeida.

"Os maiores grupos siderúrgicos querem que o governo crie esta tarifa porque não querem pagar um preço justo pela sucata que consomem", disse ele. "É justo que milhões de pessoas paguem para sustentar as margens de lucro destes grupos?" O presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, disse em entrevista que a motivação por trás da tarifa é "impor uma barreira a países que bloqueiam nossas exportações de produtos de aço" e "não é uma ação contra o setor de sucata".

Dois terços da sucata metálica do Brasil que é exportada, vai para países que impõem restrições à entrada de produtos de valor agregado brasileiros em seus territórios, disse Lopes. "Nossa proposta é simplesmente uma questão de reciprocidade", afirmou.

A disputa acontece em meio a uma das piores crises vividas pela indústria produtora de aço do Brasil. As usinas estão tendo de conviver com excesso de capacidade de produção global, preços fracos e aumento de custos de algumas matérias-primas como carvão.

"O Instituto Aço Brasil e as usinas em geral não estão contra as exportações de sucata. O que nos motiva é uma questão comercial, nada mais", disse Lopes.

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