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Produtividade cresce menos na Europa e na América Latina

Pesquisa aponta perda de competitividade de europeus e latinos entre 1995 e 2003

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

A economia mundial acelerou nos últimos dez anos, estimulada pela maior produtividade das empresas. Segundo a Conference Board, instituição americana de estudos econômicos, o indicador cresceu a taxas anuais de 2% entre 1995 e 2003, enquanto que, entre 1990 e 1995, o percentual foi de 1,1%. O desempenho foi garantido pelos avanços da China, Índia, América do Norte, Leste Europeu, África e Oriente Médio. Na Europa e na América Latina, porém, a produtividade avançou a taxas menores que a média mundial.

"A intensificação da concorrência fez bem para a maioria das regiões do mundo", afirmou, ao jornal britânico Financial Times, Bart van Ark, um dos autores do estudo. Em valores absolutos, a produtividade dos europeus ainda é maior que a dos americanos. Mas a diferença entre as duas economias está caindo desde 1995. Segundo a Conference Board, isso é um sinal de que a Europa precisa encontrar um novo modelo de negócios, sobretudo no setor de serviços.

Muitos parlamentares europeus temem que estender a jornada de trabalho semanal acarretará uma perda maior de produtividade, pois o cansaço dos empregados pesaria contra. O estudo divulgado pelo Financial Times argumenta, porém, que países onde a carga horária é menor possuem uma produtividade, por funcionário, também mais alta. É o caso dos Estados Unidos, onde cada empregado produz 30% mais que um europeu por hora.

Em outras regiões, a baixa produtividade também tem implicações sobre o nível de vida da população. Os exemplos mais claros, segundo van Ark, são a China e a Índia. Embora estejam crescendo a elevadas taxas e os economistas apostam que esse ritmo será mantido nos próximos anos a produtividade desses países é 85% menor que a dos Estados Unidos. Por isso, para van Ark, imaginar que a China possa ultrapassar, em breve, o padrão de vida dos americanos ou europeus "é fantasia".

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