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Produção industrial sobe 0,2% em junho ante maio, diz IBGE

Na comparação com junho de 2011, a produção diminuiu 5,5%

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 10h06.

Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira subiu 0,2 por cento em junho frente a maio, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quarta-feira. Trata-se da primeira alta mensal depois de três quedas consecutivas e, apesar da recuperação, o resultado ficou abaixo das expectativas, indicando que o setor ainda não conseguia se recuperar de forma robusta.

Na comparação com junho de 2011, informou ainda o IBGE, a produção diminuiu 5,5 por cento, também pior do que o esperado e a leitura mais fraca desde setembro de 2009 (-7,6 por cento).

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 17 analistas, a expectativa era de que a atividade cresceria 0,8 por cento em junho sobre maio. As estimativas variaram de uma contração de 0,90 por cento a uma alta de 1,10 por cento.

Sobre igual período do ano passado, a expectativa era de recuo de 4,3 por cento, sendo que as projeções para a contração anual variaram de 2 a 5,3 por cento.

Segundo o IBGE, 12 das 27 atividades pesquisadas mostraram crescimento na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5 por cento, depois de recuar 0,6 por cento em maio), farmacêutico (8,6 por cento) e de veículos automotores (3,0 por cento).

Entre as categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, o maior avanço ocorreu em bens de consumo duráveis (4,8 por cento), bens de consumo semi e não duráveis (1,8 por cento) e de bens de capital (1,4 por cento).

O IBGE destacou que, na ponta oposta, o segmento de bens intermediários recuou 0,9 por cento em junho, o quarto resultado negativo consecutivo.

O cenário atual de dificuldade da atividade brasileira em se recuperar é acentuado principalmente pelo desempenho da indústria, que concentra grande parte das preocupações do governo, que vem anunciando medidas de estímulo à atividade.

Diante disso, o próprio governo já cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5 para 3 por cento, embora ainda seja melhor que a perspectiva do Banco Central, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5 para 2,5 por cento.

As autoridades vêm ampliando as ações em várias frentes para impulsionar a atividade --enquanto o governo anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores e aumento das compras federais, o BC cortou pela oitava vez seguida a Selic, para o atual recorde de baixa de 8 por cento.


A própria a presidente Dilma Rouseff afirmou que o governo anunciará em agosto e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia.

A expectativa é de uma retomada da economia no segundo semestre, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, comparado com os últimos três meses de 2011.

Para o economista-chefe da Raymond James & Associates, Maurício Rosal, os estímulos já adotados pelo governo vão ajudar na recuperação do setor daqui para frente. Mas ele destaca que o mercado de crédito continua sendo uma variável importante.

"Os estímulos têm sido efetivos no processo de normalização de estoques, mas a gente já está chegando no limite. Na minha avaliação, uma recuperação sustentável na indústria só vai acontecer no momento que o mercado de crédito destravar e a demanda local reagir", afirmou ele, acrescentando que sua projeção é de que a Selic vai recuar para 7,50 por cento em agosto, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente.

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Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira subiu 0,2 por cento em junho frente a maio, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quarta-feira. Trata-se da primeira alta mensal depois de três quedas consecutivas e, apesar da recuperação, o resultado ficou abaixo das expectativas, indicando que o setor ainda não conseguia se recuperar de forma robusta.

Na comparação com junho de 2011, informou ainda o IBGE, a produção diminuiu 5,5 por cento, também pior do que o esperado e a leitura mais fraca desde setembro de 2009 (-7,6 por cento).

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 17 analistas, a expectativa era de que a atividade cresceria 0,8 por cento em junho sobre maio. As estimativas variaram de uma contração de 0,90 por cento a uma alta de 1,10 por cento.

Sobre igual período do ano passado, a expectativa era de recuo de 4,3 por cento, sendo que as projeções para a contração anual variaram de 2 a 5,3 por cento.

Segundo o IBGE, 12 das 27 atividades pesquisadas mostraram crescimento na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5 por cento, depois de recuar 0,6 por cento em maio), farmacêutico (8,6 por cento) e de veículos automotores (3,0 por cento).

Entre as categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, o maior avanço ocorreu em bens de consumo duráveis (4,8 por cento), bens de consumo semi e não duráveis (1,8 por cento) e de bens de capital (1,4 por cento).

O IBGE destacou que, na ponta oposta, o segmento de bens intermediários recuou 0,9 por cento em junho, o quarto resultado negativo consecutivo.

O cenário atual de dificuldade da atividade brasileira em se recuperar é acentuado principalmente pelo desempenho da indústria, que concentra grande parte das preocupações do governo, que vem anunciando medidas de estímulo à atividade.

Diante disso, o próprio governo já cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5 para 3 por cento, embora ainda seja melhor que a perspectiva do Banco Central, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5 para 2,5 por cento.

As autoridades vêm ampliando as ações em várias frentes para impulsionar a atividade --enquanto o governo anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores e aumento das compras federais, o BC cortou pela oitava vez seguida a Selic, para o atual recorde de baixa de 8 por cento.


A própria a presidente Dilma Rouseff afirmou que o governo anunciará em agosto e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia.

A expectativa é de uma retomada da economia no segundo semestre, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, comparado com os últimos três meses de 2011.

Para o economista-chefe da Raymond James & Associates, Maurício Rosal, os estímulos já adotados pelo governo vão ajudar na recuperação do setor daqui para frente. Mas ele destaca que o mercado de crédito continua sendo uma variável importante.

"Os estímulos têm sido efetivos no processo de normalização de estoques, mas a gente já está chegando no limite. Na minha avaliação, uma recuperação sustentável na indústria só vai acontecer no momento que o mercado de crédito destravar e a demanda local reagir", afirmou ele, acrescentando que sua projeção é de que a Selic vai recuar para 7,50 por cento em agosto, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente.

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