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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.
A produção industrial de fevereiro recuou em sete regiões do país, afirma pesquisa do IBGE, divulgada nesta quarta-feira. A queda média foi de -1,4%.
Segundo o IBGE, os resultados negativos predominam devido a uma base de comparação elevada. As áreas com quedas de produção mais acentuadas que os -1,4% registrados em nível nacional foram: Ceará (-8,9%) Pernambuco (-7,7%), Nordeste (-6,2%), Minas Gerais (-4,1%) e São Paulo (-1,6%). O resultado da Bahia (-1,3%) foi próximo ao do total do País. No Paraná, houve um ligeiro decréscimo de 0,2%.
Houve crescimento da atividade fabril em cinco áreas, sendo o mais elevado em Santa Catarina (3,6%). Rio Grande do Sul, com taxa de 2,7%, região Sul, com 2,3%, Rio de Janeiro, 1,7%, e Espírito Santo, 1,0%, também aumentaram a produção.
No acumulado para o primeiro bimestre, metade dos doze locais pesquisados apresentou taxas positivas de crescimento. A liderança ficou com a indústria capixaba (3,8%), seguida do Rio de Janeiro (3,0%). Houve também resultados positivos no Rio Grande do Sul (1,7%), Santa Catarina (1,6%), Bahia (1,6%) e Sul (0,4%). As retrações na atividade fabril ocorreram em Pernambuco (-9,1%), Ceará (-8,2%), Nordeste (-6,2%), Paraná (-4,5%), Minas Gerais (-3,9%) e São Paulo (-1,7%).
Abaixo, informações divulgadas pelo site do IBGE:
Nordeste
Em fevereiro, a produção industrial do Nordeste apresentou queda de 6,2% em relação a igual mês do ano anterior, a sétima consecutiva nesta comparação. No mesmo sentido, o acumulado no primeiro bimestre do ano registrou um recuo de idênticos 6,2% e o índice dos últimos doze meses, uma retração de 4,0%.
No confronto fevereiro de 2002/fevereiro de 2001, dez dos quinze setores analisados diminuíram a produção. Produtos alimentares (-17,9%), vestuário e calçados (-18,5%) e metalúrgica (-8,8%), apresentaram as maiores contribuições negativas para a redução de 6,2% verificada na região. Em sentido inverso, química (0,5%), devido, principalmente, à maior produção de gasolina comum e óleos lubrificantes, foi a indústria que mais contribuiu em termos positivos no desempenho da região.
Ceará
A indústria do Ceará registrou em fevereiro queda nos principais indicadores: -8,9% no mensal, -8,2% no acumulado do ano e -8,4% no acumulado dos últimos doze meses. O indicador mensal acentuou a variação negativa registrada em janeiro (-7,6%). No indicador de tendência (últimos doze meses), a taxa permaneceu estável (-8,4% em janeiro).
Com taxas negativas consecutivas desde abril de 2001 no indicador mensal, a indústria cearense registrou a queda mais acentuada de fevereiro, por causa do impacto da base de comparação elevada. As principais influências negativas vieram dos ramos de material elétrico e de comunicações (-65,7%), minerais não-metálicos (-31,8%) e vestuário (12,1%). Apenas as indústrias metalúrgica, com taxa de 10,6%, e têxtil ( 1,1%) ampliaram a produção.
Pernambuco
A indústria pernambucana registrou, em fevereiro de 2002, taxas negativas nos principais indicadores: -7,7% no índice mensal, a quarta consecutiva neste confronto; -9,1% no primeiro bimestre do ano e -0,8% nos últimos doze meses.
Em relação a fevereiro do ano passado, oito dos quatorze setores pesquisados reduziram a produção. Produtos alimentares (-32,6%), minerais não-metálicos (-9,8%) e vestuário e calçados (-24,2%) foram os que contribuíram de forma mais expressiva para a redução de 7,7% constatada na região. Inversamente, química (26,5%) foi o setor que mais contribuiu positivamente no desempenho do estado.
Bahia
O desempenho da indústria da Bahia, em fevereiro de 2002, caracterizou-se por uma reversão na tendência do índice mensal (-1,3%), que no mês anterior (4,4%) experimentava o terceiro mês consecutivo de expansão. Ainda assim, o acumulado no primeiro bimestre do ano registrou um aumento de l,6% e o índice dos últimos doze meses apontou um crescimento de 0,7%.
Na comparação de fevereiro deste ano com fevereiro do ano passado, oito dos doze setores pesquisados apresentaram queda na produção. A indústria metalúrgica (-15,7%), a extrativa mineral (-6,5%) e a de produtos alimentares (-14,3%) apresentaram as maiores contribuições negativas para a redução de 1,3% verificada no estado. Por outro lado, a indústria química (4,9%), devido, sobretudo, à ampliação da fabricação de gasolina comum e óleos lubrificantes básicos, foi a que mais contribuiu positivamente na formação da taxa.
Minas Gerais
Os principais indicadores industriais do estado de Minas Gerais prosseguiram negativos no mês de fevereiro de 2002. O indicador mensal foi o que registrou a maior queda (-4,1%) enquanto os acumulado no ano e últimos doze meses recuaram 3,9% e 2,0%, respectivamente.
Em fevereiro de 2002, a indústria mineira apresentou pelo segundo mês consecutivo queda na produção, como conseqüência do recuo verificado em nove ramos industriais. O resultado negativo mais marcante veio da metalúrgica (-5,6%). Logo a seguir vieram material de transporte (-20,3%), química (-6,3%) e extrativa mineral (-9,6%). Em relação aos ramos de maior impacto positivo, vale destacar produtos alimentares (3,8%) e têxtil (7,0%).
Espírito Santo
Em fevereiro de 2002, os números da produção industrial do estado do Espírito Santo apontaram resultados positivos nos principais confrontos: no mensal, a taxa de crescimento foi de 1,0% e no acumulado no ano, 3,8%. Apenas no indicador dos últimos doze meses o crescimento foi nulo (0,0%).
O pequeno avanço no indicador mensal deveu-se, principalmente, ao crescimento da extrativa mineral (4,%). Houve queda na produção das indústrias têxtil (-99,4%), de minerais não metálicos (-6,4%) e química (-15,0%). Com desempenho positivo, vale destacar ainda o crescimento de papel e papelão (6,7%) e produtos alimentares (10,1%).
Rio de Janeiro
A indústria do Rio de Janeiro registrou, em fevereiro, o segundo aumento consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior: expansão de 1,7%. O indicador acumulado para o primeiro bimestre mostrou crescimento de 3,0% e o dos últimos doze meses, estabilidade da produção (0,1%). Vale lembrar que a indústria fluminense assinalou, este mês, marca inferior à da média nacional apenas no último tipo de indicador.
Para a formação do resultado de 1,7% obtido na comparação com fevereiro de 2001, contribuíram positivamente nove dos dezesseis setores pesquisados. A indústria extrativa mineral, com crescimento de 8,0%, continua determinando o resultado global positivo. A indústria de transformação revela, pelo nono mês consecutivo, queda na produção, ao se reduzir 6,0%. Neste segmento, as principais pressões negativas vêm dos setores químico (-11,7%) e de material elétrico e de comunicações (-42,4%). Do lado positivo, o destaque é da indústria farmacêutica (56,4%).
São Paulo
Em fevereiro, o setor industrial de São Paulo mostrou, pela terceira vez consecutiva, queda na produção, no confronto com igual mês do ano anterior, ao se reduzir 1,6%. O indicador acumulado no primeiro bimestre assinalou um recuo de 1,7%, enquanto o dos últimos doze meses continuou apresentando resultado positivo (1,4%).
Na comparação com fevereiro do ano passado, oito dos dezenove setores pesquisados reduziram a produção. Entre eles, destacam-se material elétrico e de comunicações (-8,1%) e material de transporte (-6,3%), pressionados, principalmente, pelos recuos na produção de microcomputadores e de automóveis. Do lado positivo, a mecânica, com expansão de 6,7%, figura com o principal impacto.
Região Sul
Após dois meses apresentando queda, a indústria da região Sul avançou 2,3% em relação a fevereiro de 2001. Para as comparações acumuladas, os indicadores também foram positivos: 0,4% no acumulado do ano e 1,2% nos últimos doze meses.
Os desempenhos de produtos alimentares (15,5%), mecânica (12,5%) e fumo (65,0%) respondem pela maior influência positiva no crescimento de 2,3% registrado neste mês. Dentre os onze setores que reduziram a produção, material elétrico e de comunicações, com queda de -26,5%, foi o setor que mais influiu negativamente no resultado global.
Paraná
Os resultados da indústria paranaense apontaram, em fevereiro, queda nos indicadores mensal (-0,2%) e no acumulado do ano (-4,5%). No acumulado dos últimos doze meses, o estado permaneceu em crescimento (0,8%). Apesar de negativa, a taxa do indicador mensal foi significativamente melhor que a do mês de janeiro (-8,3%). A melhora no conjunto da indústria, no confronto fevereiro de 2002/ fevereiro de 2001, foi determinada, principalmente, pelo bom desempenho de produtos alimentares.
No indicador mensal, após dois meses registrando queda, o setor alimentar assinalou uma ampliação de 32,0% e foi a principal contribuição positiva. Já as quedas que mais influenciaram o resultado global foram apontadas pelas indústrias de material elétrico e de comunicações (-69,8%) e papel e papelão ( -18,8%).
Santa Catarina
Em fevereiro de 2002, os indicadores industriais do estado de Santa Catarina apontaram taxas positivas em suas principais comparações. No confronto mensal houve expansão de 3,6%, no acumulado no ano, 1,6%, e nos últimos dozes meses 3,9%.
Em relação a fevereiro passado, a produção industrial catarinense, com crescimento de 3,6%, obteve o melhor resultado regional neste modo de comparação. Dos dezessete ramos industriais pesquisados, onze aumentaram a produção, valendo destacar produtos alimentares (18,9%) e mecânica (12,4%) como os maiores impactos positivos. Vale mencionar a performance de fumo (239,0%) e extrativa mineral (26,1%) que, ao contrário de janeiro, cresceram significativamente este mês, contribuindo com 0,9 ponto percentual na formação da taxa global. Por outro lado, houve grandes pressões negativas por parte dos segmentos de matérias plásticas (-30,1%), papel e papelão (-15,4), material elétrico (-10,8%) e material de transporte (-42,1%).
Rio Grande do Sul
Os indicadores da produção industrial do Rio Grande do Sul mostraram, em fevereiro, expansão de 2,7% no índice mensal e de 1,7% no acumulado do ano.
Na série do indicador mensal, observava-se taxas negativas sucessivas desde maio de 2001, até que em janeiro de 2002 foi assinalado o primeiro crescimento (de 0,8%), ampliado em fevereiro para 2,7%. Nove dos dezenove gêneros aumentaram a produção. As principais contribuições positivas para o resultado geral foram as de mecânica (15,6%), fumo (60,3%) e material de transporte (17,4%). Por outro lado, química (-7,5%) e material elétrico e de comunicações (-19,6%) exerceram as principais pressões negativas.