A produção industrial física cresceu em todas as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no acumulado até julho. Na média, a produção brasileira apresenta crescimento de 7,8% nos sete primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2003. Duas regiões Amazonas e São Paulo ficaram acima dessa taxa. Já o Rio de Janeiro foi o local com menor crescimento acumulado: 0,2%.

Conforme reportagem da revista EXAME, o consumo crescente está impulsionando a produção e os investimentos em setores como o automotivo e o eletroeletrônico. Também é o caso do Amazonas, estado cuja produção avançou 13,8% em sete meses, conforme o IBGE. Os amazonenses lideraram a retomada industrial estimulados, sobretudo, pela produção de eletroeletrônicos, que cresceu 30,9% no estado até julho.

Na comparação de julho com o mesmo mês do ano passado, porém, o Amazonas é o único das 14 regiões a apresentar queda da produção (-3,5%). O desempenho do mês retrasado foi prejudicado pelos recuos dos segmentos de alimentos e bebidas (-20,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-29,3%).

São Paulo foi o estado com a segunda melhor taxa de crescimento acumulado no ano (11,2%). Das 20 atividades pesquisadas na região, apenas duas registraram queda entre janeiro e julho. O ramo farmacêutico recuou 22% e o de edição e impressão caiu 2,3%. Na outra ponta, a produção de material eletrônico e equipamentos de comunicações saltou 182%, devido à demanda por aparelhos de telefonia celular. A fabricação de veículos automotores também destacou-se no período, com alta de 35,4%. Somente em julho, a indústria paulista cresceu 17% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, o incremento foi de 6,8%.