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Produção de petróleo dos EUA ameaça equilíbrio em 2018, diz IEA

Na avaliação da agência, o crescimento total da oferta poderia exceder o crescimento da demanda

Petróleo: no mês passado, a IEA previu que a oferta não-Opep aumentaria em 1,3 milhão de bpd em 2018 (David McNew/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 09h49.

Londres - O mercado mundial de petróleo provavelmente mostrará um superávit no primeiro semestre de 2018, uma vez que o aumento da oferta dos EUA compensará a disciplina da Opep e outros produtores na manutenção de seus cortes de produção para todo o ano que vem, avaliou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.

"O crescimento total da oferta poderia exceder o crescimento da demanda: na verdade, no primeiro semestre, o superávit poderia ser 200 mil barris por dia (bpd) antes de reverter para um déficit de cerca de 200 mil bpd no segundo semestre, deixando 2018 como um todo mostrando um mercado bem equilibrado", afirmou a IEA, com sede em Paris, no relatório mensal do mercado de petróleo.

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A IEA deixou sua previsão para o crescimento global da demanda de petróleo inalterada em 2017 em 1,5 milhão de bpd, registrando um aumento de 1,6 por cento, e em 2018, em 1,3 milhão de bpd, igual a um aumento de 1,3 por cento.

A produção de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo deverá ter aumentado 600 mil bpd este ano, antes de aumentar em 1,6 milhão de bpd no próximo ano.

A IEA no mês passado previu que a oferta não-Opep aumentaria em 1,3 milhão de bpd em 2018, mas o ritmo de crescimento do produto de petróleo não convencional (xisto) dos EUA levou a agência a elevar sua previsão para o aumento total da produção norte-americana de petróleo dos EUA para 870 mil bpd para o próximo ano, ante previsão de um aumento de 790 mil bpd em seu relatório de novembro.

A Opep e 10 dos seus parceiros, incluindo a Rússia, acordaram, em novembro, em ampliar um corte de fornecimento de 1,8 milhão de bpd ao longo de todo o ano de 2018 para forçar a redução dos estoques globais e apoiar os preços do petróleo bruto.

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