Economia

Produção de petróleo da Líbia cai depois de protestos

Fluxo caiu de 460 mil para 390 mil barris por dia depois que grupos armados ocuparam campos petrolíferos


	Refinaria de petróleo na Líbia: produção de óleo do país está caindo com grupos armados protestando contra o governo
 (Shawn Baldwing/Bloomberg)

Refinaria de petróleo na Líbia: produção de óleo do país está caindo com grupos armados protestando contra o governo (Shawn Baldwing/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2014 às 14h15.

Trípoli - A produção de petróleo da Líbia caiu para 390 mil barris por dia (bpd), cerca de 70 mil bpd a menos que na semana passada, com protestos parcialmente bloqueando os fluxos do campo petrolífero El Sharara.

Grupos armados, tribos e ex-rebeldes muitas vezes desligam oleodutos ou ocupam campos petrolíferos para fazer exigências à medida que a Líbia tenta superar o ambiente de instabilidade quase três anos depois de uma revolta apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter derrubado o líder Muammar Gaddafi.

A produção nacional está em torno de 390 mil bpd, disse o porta-voz da NOC Mohamed El Harari. Na quinta-feira, a produção havia sido de 460 mil bpd.

Ele disse que o campo El Sharara estava operando abaixo de sua capacidade de 340 mil bpd porque os manifestantes tinham desligado parcialmente um oleoduto perto da cidade ocidental de Zintan.

"Esperamos que o governo resolva o problema em breve", disse ele. A produção no campo El Sharara havia chegado a 301 mil bpd na quarta-feira.

Harari disse que o campo petrolífero El Wafa novamente voltou a funcionar normalmente depois de manifestantes terem na quarta-feira fechado gasodutos e oleodutos do campo, que produz cerca de 30 mil barris por dia de petróleo condensado leve.

A NOC não publicou números de exportação recentemente, mas a estatal normalmente usa em torno de 140 mil bpd de produção nacional para alimentar as refinarias em Zawiya e Tobruk.

As exigências dos manifestantes não estavam imediatamente clara.

As tensões no país estão crescendo sobre o governo interino do Congresso Geral Nacional, cujo mandato terminou oficialmente, mas cujos membros têm estendido seu prazo para garantir a estabilidade.

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