Economia

Produção de embalagens fecha ano abaixo do esperado

A produção de embalagens no Brasil deve fechar 2014 com queda de cerca de 1%, segundo associação


	Fábrica de embalagens: pesquisa estimava que a produção física teria estabilidade neste ano
 (Divulgação)

Fábrica de embalagens: pesquisa estimava que a produção física teria estabilidade neste ano (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 19h38.

São Paulo - A produção de embalagens no Brasil deve fechar 2014 com queda de cerca de 1 por cento, disse a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) nesta quarta-feira, resultado pior que o cenário mais pessimista traçado para o setor em meados deste ano.

Estudo do Ibre/FGV, em parceria com a Abre e divulgado em agosto, estimava que a produção física teria estabilidade neste ano em relação a 2013, com retomada na produção no segundo semestre, compensando a queda de 0,73 por cento sofrida nos primeiros seis meses do ano.

A melhora não ocorreu como esperado e a produção deve ficar abaixo da previsão apontada no cenário mais pessimista do estudo, de queda de 0,7 por cento em 2014.

"Após a Copa do Mundo, sentimos que o mercado estava muito estocado e a demanda esperada não aconteceu", disse à Reuters a diretora-executiva da Abre, Luciana Pellegrino, citando falta de confiança do consumidor e a cautela dos empresários como principais motivos para a demanda abaixo do esperado. "Em setembro, houve alguma retomada, mas ainda muito leve. O mercado ficou bastante retraído", acrescentou.

Apesar disso, Pellegrino espera um aumento do faturamento da indústria de embalagens neste ano, influenciado pela oscilação dos preços das matérias-primas e pelo foco de empresas em produtos de maior valor agregado e na contenção de custos. A expectativa em agosto era de alta de 8,1 por cento do faturamento neste ano, para 56 bilhões de reais, ante 2013.

Para 2015, apesar da expectativa ser de ajustes macroeconômicos e da fraqueza na economia, Pellegrino vê as empresas do setor mais preparadas, buscando aumentar a eficiência e lançar produtos diferenciados. "O mercado brasileiro deixa de ser um mercado só de volumes e passa a ser um mercado de customização", disse Pellegrino.

Na indústria de alimentos, por exemplo, isso tem ocorrido com uso de novos materiais e oferecimento de pacotes de refeições prontas em porções individuais, atendendo demanda mais específicas de consumidores.

Outra medida tomada pelas empresas tem sido a maior eficiência do sistema de distribuição, com alterações nas dimensões das embalagens para transportar mais produtos em uma única viagem, disse Pellegrino.

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