Economia

Processo de desinflação está em ritmo 'muito lento' e ainda não acabou, afirma Campos Neto

Durante evento da agência de classificação de risco Moody's, ele enfatizou a necessidade de a autoridade agir com "paciência e sinergia" e trabalhar para retornar o índice de preços de volta

Campos Neto lembrou que o Brasil foi o primeiro país a iniciar o processo de aperto monetário ao identificar que a inflação no seria mais persistente (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Campos Neto lembrou que o Brasil foi o primeiro país a iniciar o processo de aperto monetário ao identificar que a inflação no seria mais persistente (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 25 de maio de 2023 às 12h45.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos, afirmou que o processo de desinflação no Brasil está em ritmo "muito lento" e ainda não acabou. Durante evento da agência de classificação de risco Moody's, ele enfatizou a necessidade de a autoridade agir com "paciência e sinergia" e trabalhar para retornar o índice de preços de volta à meta da autoridade, de 3% ao ano.

O que disse Campos Neto?

Campos Neto lembrou que o Brasil foi o primeiro país a iniciar o processo de aperto monetário ao identificar que a inflação no seria mais persistente. "Estamos vendo uma reversão desse processo no Brasil, mas em um ritmo muito lento e comunicamos que precisamos avançar com paciência e sinergia", disse ele.

Novamente, Campos Neto reforçou a importância de retornar a inflação à meta do BC. "Achamos que o processo de desinflação ainda não acabou. E precisamos ter certeza de que faremos a inflação convergir para a meta", disse.

O presidente do BC também comentou sobre a agenda de digitalização no Brasil. Segundo ele, esse processo envolve várias frentes e cujos objetivos foram tornar o sistema local "mais competitivo e aberto".

Dentre as iniciativas, ele citou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos, o open banking e o real digital. "Estamos pensando em como podemos monetizar os dados e interagir com o sistema que foi criado", afirmou.

Segundo Campos Neto, os próximos passos na agenda de digitalização do Brasil são o real digital (CBDC, na sigla em inglês) e a inserção do conceito de 'tokenização' nos balanços dos bancos.

O presidente do BC falou ao lado de outros representantes de países emergentes e executivos, dentre eles, o presidente da Suzano, Walter Schalka, em evento da Moody's sobre as tendências para a região em 2023.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralRoberto Campos Neto

Mais de Economia

Plano do governo para segurança pública é uma 'cortina de fumaça', diz Caiado

Governo cria grupo de trabalho com bancos para discutir juros altos no país

Corte de gastos: Rui Costa se reúne com ministros da Previdência e do Desenvolvimento Social

Petróleo pode desbancar soja e liderar exportações neste ano