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Privatização dos Correios deve ocorrer em 2022, estima BNDES

O diretor de privatizações do banco estima que pelo menos 70% do capital da empresa seja oferecido à iniciativa privada

A venda do controle dos Correios foi incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e ainda precisa de aval do Congresso (Correios/Divulgação)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 28 de abril de 2021 às 15h57.

Última atualização em 30 de abril de 2021 às 09h35.

A privatização dos Correios só deve acontecer em 2022, disse nesta quarta-feira, 28, o diretor de privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, que estima que pelo menos 70% do capital da empresa seja oferecido à iniciativa privada.

A ideia é que a União fique apenas com uma fatia minoritária da empresa para não atrapalhar o certame e a operação da companhia.

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"O que desejamos é uma venda significativa do controle da União, não vender 51% e manter participação relevante. Entendemos que isso poderia afastar interessados", disse durante evento do jornal Valor Econômico.

A operação ainda depende de decisões de outros órgãos. "Desenhamos uma operação em que a União perde o controle da companhia e uma venda substancial, acima de 70%, ocorre a terceiros", adicionou.

A venda do controle dos Correios foi incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a privatização ainda precisa de aval do Congresso, onde a proposta tramita em regime de urgência.

"Isso nos dá o conforto de que até o meio do ano o projeto vai estar deliberado pela Câmara e a gente assim consegue dar sequência ao processo. Já aprovamos com consultores a modelagem inicial e já está no detalhamento", afirmou.

"Em agosto ou setembro a gente vai estar com uma transação pronta para ser deliberada pelo conselho de ministros e para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) que deve terminar no fim de 2021", disse o diretor.

Segundo Cabral, após a aprovação do TCU, o edital do leilão será publicado e se houver resposta do mercado em 30 a 60 dias, "em janeiro ou fevereiro [ 2022 ] a gente consegue executar essa transação". Ele não estimou o potencial valor de mercado dos Correios.

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