Primeiro-ministro chinês rechaça apreciar o yuan
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, rechaçou neste domingo os pedidos para que aprecie o yuan, afirmando que são inúteis e protecionistas, e prometeu que o país vai lidar da sua maneira com a política monetária. "Somos contra as acusações mútuas entre país e inclusive ao uso da coerção para forçar um país a […]
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2010 às 14h44.
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, rechaçou neste domingo os pedidos para que aprecie o yuan, afirmando que são inúteis e protecionistas, e prometeu que o país vai lidar da sua maneira com a política monetária.
"Somos contra as acusações mútuas entre país e inclusive ao uso da coerção para forçar um país a elevar seu câmbio, porque isso não ajuda a reformar o câmbio do yuan", disse ele em entrevista de imprensa de duas horas ao final da reunião anual do Parlamento.
"Não acreditamos que o yan esteja desvalorizado".
Misturando seu habitual tom familiar com a cautela derivada de administrar a economia de mais rápido crescimento do mundo, Wen utilizou o evento para descrever a China como uma potência política e econômica benigna e como vítima de exigências internacionais injustas.
Estados Unidos, União Europeia e outros países vêm criticando há tempos o regime do yuan chinês. Vários legisladores norte-americanos se queixam de que a China desvalorizou sua moeda em até 40 por cento, o que limita a competitividade dos produtos norte-americanos.
Os riscos de aprofundar as tensões entre Washington e Pequim agora dependem de se o governo norte-americanos vai classificar a China como "manipulador monetário" em um relatório semestral do Departamento do Tesouro em 15 de abril.
Sem se referir diretamente aos Estados Unidos, Wen deixou claro que Pequim não vai se render às exigências de Washington e que estaria disposto a enfrentar uma batalha.
"Posso entender o desejo de alguns países de aumentar suas exportações, mas o que não entendendo é a depreciação de sua própria moeda e tentar pressionar outros para que apreciem a sua, para incrementar as exportações. Do meu ponto de vista, isso é protecionismo", disse o primeiro-ministro.