Economia

Previsão de 4% para PIB de 2014 é ambiciosa, diz Mantega

Segundo o ministro da Fazenda, não é fácil prever os valores, já que a economia internacional vive um momento de turbulência


	Guido Mantega: o ministro lembrou que os número serão avaliados, novamente, no início de 2014
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Guido Mantega: o ministro lembrou que os número serão avaliados, novamente, no início de 2014 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h24.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira, 29, que a previsão de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 é uma meta ambiciosa, levando-se em conta o cenário internacional. "Vivemos hoje momento de certa turbulência na economia internacional. Não é fácil prevermos com esta antecedência os valores do próximo ano", disse.

Mantega avaliou que há sinais de melhoria da economia nos países avançados. "Os EUA estão em trajetória um pouco melhor. A trajetória vai melhorar mais ainda em 2014 e os EUA têm poder de fomentar a economia mundial", argumentou. Ele afirmou ainda que a Europa deu sinais de recuperação de economia.

"É possível que cenário internacional, que tem nos causado problemas e diminuído o PIB brasileiro, seja mais favorável", disse, em referência a 2014. "Com isso, teremos economia mundial um pouco mais dinâmica. Todo mundo vai poder exportar mais, ter saldos melhores e, com isso, poderemos alcançar 4% de crescimento", declarou.

Mantega lembrou que os número serão avaliados, novamente, no início de 2014. "Estaremos revendo esses números no começo do próximo ano com mais realismo porque estaremos mais próximos dos fatos", garantiu.

Desoneração

O ministro da Fazenda explicou também que o governo decidiu explicitar os gastos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - que banca a redução do valor da luz - no projeto de Lei Orçamentária de 2014 em R$ 9 bilhões (o equivalente a 0,2% do PIB).


De acordo com Mantega, esses cálculos foram feitos com bastante realismo, mas os gastos podem ser alterados, dependendo de vários fatores. Conforme a necessidade, os gastos poderão ser menores e as despesas retiradas.

O ministro prosseguiu afirmando ainda que as despesas previstas com a desoneração da folha de pagamentos são de R$ 17 bilhões (ou 0,3% do PIB). Mantega preferiu chamar essas desonerações de despesas. O ministro ressaltou que essas duas desonerações somam 0,5% do PIB, um valor elevado. "Com isso, temos uma despesa muito maior. Um pouco maior do que poderia ser", acredita.

'Qualidade da gestão'

Mantega avaliou que as três principais despesas do governo estão sob controle ou em queda: juros, Previdência e pessoal. "Isso mostra a qualidade da gestão do governo", julgou. Segundo o ministro, despesas com o pagamento dos juros da dívida estão em trajetória de queda, caindo de 4,7% do PIB em 2013 para 4,5%. De acordo com Mantega, as despesas com pessoal foram mantidas no mesmo patamar de 2013, em 4,2% do PIB. "Portanto, não há nenhum crescimento avassalador."

O ministro também ressaltou a queda do déficit da Previdência, que, na análise dele, é "excelente". Mantega enfatizou que as receitas previdenciárias aumentam mais que as despesas. "Isso mostra forte controle, deve-se ao aumento do emprego e à formalização da força de trabalho. Assim vai continuar", prometeu.

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