Economia

Previdência privada capta 12,93% a menos no 1º semestre

Embora menores, os números mostram recuperação gradual, de acordo com diretor da Itaú Vida e Previdência, após o impacto das mudanças na alocação de recursos


	"O desempenho da previdência privada foi afetado pelo baixo crescimento econômico", diz diretor-superintendente da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento
 (Sérgio Moraes/Reuters)

"O desempenho da previdência privada foi afetado pelo baixo crescimento econômico", diz diretor-superintendente da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento (Sérgio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 08h55.

São Paulo - O segmento de previdência privada fechou a primeira metade deste ano com queda de 12,93% na captação líquida, diferença de entradas e saídas, na comparação anual, para R$ 17,1 bilhões, sob impacto do desempenho da economia brasileira, que no segundo trimestre entrou em recessão técnica.

Em novos depósitos, o recuo foi menor, de 2,88%, e a cifra chegou a R$ 37,5 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Embora menores, os números mostram recuperação gradual, de acordo com o presidente da Fenaprevi e diretor-superintendente da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo Nascimento, após o impacto das mudanças nas regras de alocação de recursos e dos juros que fizeram o setor encerrar com captação líquida negativa em julho de 2013.

Em junho último, porém, o setor apresentou alta de 42,1% em novos depósitos ante um ano, para R$ 7,4 bilhões. A captação líquida foi a R$ 4,5 bilhões.

"O desempenho do setor de previdência privada foi afetado pelo baixo crescimento econômico. Esperamos um segundo semestre muito bom porque a base do mesmo período do ano passado é muito fraca, quando o segmento foi impactado pela volatilidade no mercado financeiro", diz ele ao Broadcast.

Ao fim de junho, a carteira de investimentos da previdência privada alcançou R$ 401 bilhões, alta de 12,14% na comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento somava 101.963 beneficiários.

Em junho, as adesões a planos empresariais (estoque e não novos entrantes) totalizavam 2.812.752 enquanto os individuais eram 10.081.808.

Dos R$ 7,4 bilhões captados no sexto mês do ano, os planos individuais responderam pela maior fatia dos novos depósitos, totalizando R$ 6,4 bilhões em novos ingressos, alta de 41,12% ante junho de 2013.

Já os empresariais levantaram R$ 869,2 milhões em novos depósitos em junho, expansão de 55,45% ante o mesmo mês de 2012. O volume de novos aportes nos planos para menores avançou 17,52% e resultou em R$ 152 milhões arrecadados, na mesma base de comparação.

Para este ano, a expectativa da FenaPrevi, segundo Nascimento, foi mantida em 10% de expansão para os novos depósitos. "É um crescimento bastante robusto.

No segundo semestre, além da base fraca, a dedução fiscal alavanca a captação do segmento", lembra ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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