A Previdência deve ser impactada em R$ 16 bilhões neste ano com a desoneração da folha de pagamento (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 21h27.
Brasília - O déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deverá ficar entre R$ 44 bilhões e R$ 46 bilhões este ano, em termos nominais. A projeção é do secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, ao comentar nesta quarta-feira o resultado previdenciário de 2012.
Segundo ele, a estimativa considera as desonerações da folha de pagamento anunciadas para este ano, e que são compensadas pelo Tesouro Nacional, o aumento do salário mínimo e o ritmo de crescimento do trabalho mais conservador, assim como um aumento da arrecadação um pouco abaixo do resultado de 2012.
Pelos cálculos do secretário, o impacto da desoneração da folha será de R$ 16 bilhões para a Previdência em 2013. Já o reflexo do reajuste do salário mínimo, bem como o dos aumentos dos benefícios previdenciários pagos acima do mínimo, será de R$ 19,8 bilhões. "A desoneração da folha vai pesar muito mais em 2013."
Neste ano, o déficit de R$ 42,3 bilhões da Previdência Social foi maior do que o previsto porque a compensação da desoneração da folha de pagamentos foi parcial, conforme Rolim. A projeção era de um saldo negativo de cerca de R$ 38 bilhões em termos nominais.
A Previdência esperava ser reembolsada em R$ 4,3 bilhões no ano passado por conta das desonerações, mas só foram repassados R$ 1,8 bilhão referentes à primeira tranche dos benefícios. Se todo o volume tivesse entrado em 2012, o déficit da Previdência teria sido de R$ 38,416 bilhões em termos nominais, ou R$ 39,799 bilhões com a correção do INPC.
Rolim disse que a secretaria aguarda a compensação este ano. Por isso, o resultado final de 2012 ainda poderá sofrer revisão. Essa é a melhor maneira de fazer a contabilidade, de acordo com o secretário, para que o resultado de 2013 não fique inflado.