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Prévia da inflação desacelera e tem menor nível para o mês em 15 anos

No mês anterior, índice teve alta de 0,58 por cento

IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,19 por cento em novembro (Reinaldo Canato/VEJA)
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Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2018 às 09h14.

Última atualização em 23 de novembro de 2018 às 09h47.

São Paulo - O alívio nos preços de combustíveis e energia elétrica fez a prévia da inflação oficial do Brasil desacelerar ao nível mais baixo em 15 anos para novembro e mais do que o esperado, voltando a ficar abaixo do centro da meta oficial em 12 meses e mantendo o Banco Central na rota da manutenção dos juros no curto prazo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,19 por cento em novembro, contra alta de 0,58 em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

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Essa é a taxa mais baixa para o mês desde 2003, e levou o resultado acumulado em 12 meses para uma alta de 4,39 por cento, de 4,53 por cento em outubro.

Assim, o IPCA-15 volta a ficar abaixo do centro da meta da inflação --de 4,50 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanços de 0,24 por cento na comparação mensal e de 4,44 por cento em 12 meses, segundo a mediana das projeções.

Em novembro, o avanço dos preços do grupo Transportes enfraqueceu para 0,31 por cento, de 1,65 por cento no mês anterior. Isso se deveu principalmente ao comportamento dos combustíveis, que subiram 0,69 por cento depois de registrarem avanço de 4,74 por cento em outubro.

A partir de 31 de outubro, a Petrobras reduziu o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,20 por cento, no maior corte já feito pela estatal desde o anúncio de uma política de reajustes diários do combustível.

Habitação, por sua vez, registrou deflação de 0,13 por cento em novembro, contra alta de 0,15 por cento no mês anterior, depois que os preços da energia elétrica recuaram 1,46 por cento com a entrada em vigor a partir de 1º de novembro da bandeira tarifária amarela, com redução de custos para os consumidores frente aos cinco meses anteriores.

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas acelerou a alta dos preços para 0,54 por cento em novembro, de 0,44 por cento antes, pressionado pela alimentação em domicílio com tomate, batata inglesa e cebola.

O BC já indicou que não há urgência para elevar os juros, em um cenário de pressões inflacionárias confortáveis, com o nível alto de desemprego e atividade fraca contendo avanços mais fortes.

A expectativa no mercado é de que a taxa básica de juros, atualmente em 6,5 por cento, não será elevada na reunião de dezembro do BC, que no ano que vem passará a ser comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro para substituir Ilan Goldfajn.

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