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Pressão deflacionária persiste na China em outubro

O índice de preços ao consumidor avançou 1,3 por cento em outubro sobre um ano antes, contra alta de 1,6 por cento em setembro

Mercado na China: os preços ao consumidor caíram 0,3 por cento (Lam Yik Fei/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 10h18.

Pequim/Xangai - Os dados da inflação de outubro da China destacaram a persistência da pressão deflacionária no país, levando analistas a esperar mais movimentos para estimular a economia até o fim do ano.

O índice de preços ao consumidor avançou 1,3 por cento em outubro sobre um ano antes, contra alta de 1,6 por cento em setembro, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 1,5 por cento.

Já o índice de preços ao produtor recuou 5,9 por cento em outubro sobre um ano antes, mesma taxa de setembro e contra expectativa de queda de 5,8 por cento.

Na comparação mensal, os preços ao consumidor caíram 0,3 por cento, contra alta de 0,1 por cento em setembro.

Analistas concordaram que as leituras fracas da inflação aumentam as chances de mais estímulos em breve, mas estavam divididos sobre se isso significaria mais corte de juros, maiores gastos fiscais ou ambos.

"Embora seja racional argumentar que a China deva afrouxar a política monetária ainda mais, a China parece pretender estimular a demanda através de política fiscal mais proativa", escreveu o economista sênior de mercados emergentes do Commerzbank, Zhou Hao.

"Mais cortes nos juros antes do fim do ano pode ser difícil, especialmente quando o Fed está prestes a elevar (os juros). O comunicado recente feito pelo vice-ministro também indica que a China vai fazer mais no lado fiscal no próximo ano."

Na sexta-feira, o vice-ministro das Finanças indicou, segundo o Caixin Maganize, que um déficit fiscal de 3 por cento, bem acima dos 2,3 por cento planejados para 2015, ainda poder ser considerado dentro de faixa segura.

A China já está em seu maior ciclo de afrouxamento desde o auge da crise financeira, mas a inflação baixa significa que as taxas de juros reais continuam altas para muitas empresas, especialmente manufatureiras, que têm sofrido há anos com o enfraquecimento dos preços de fábrica.

O banco central já cortou a taxa de juros seis vezes desde novembro do ano passado, e reduziu repetidamente a taxa de compulsório.

Os dados fracos da inflação desta terça-feira dá continuidade a uma tendência bem estabelecida de queda nos preços ao produtor e altas fracas dos preços ao consumidor, em parte resultado da forte desvalorização dos preços das commodities em 2015, mas também refletindo a desaceleração do crescimento da demanda por muitos bens.

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Pequim/Xangai - Os dados da inflação de outubro da China destacaram a persistência da pressão deflacionária no país, levando analistas a esperar mais movimentos para estimular a economia até o fim do ano.

O índice de preços ao consumidor avançou 1,3 por cento em outubro sobre um ano antes, contra alta de 1,6 por cento em setembro, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 1,5 por cento.

Já o índice de preços ao produtor recuou 5,9 por cento em outubro sobre um ano antes, mesma taxa de setembro e contra expectativa de queda de 5,8 por cento.

Na comparação mensal, os preços ao consumidor caíram 0,3 por cento, contra alta de 0,1 por cento em setembro.

Analistas concordaram que as leituras fracas da inflação aumentam as chances de mais estímulos em breve, mas estavam divididos sobre se isso significaria mais corte de juros, maiores gastos fiscais ou ambos.

"Embora seja racional argumentar que a China deva afrouxar a política monetária ainda mais, a China parece pretender estimular a demanda através de política fiscal mais proativa", escreveu o economista sênior de mercados emergentes do Commerzbank, Zhou Hao.

"Mais cortes nos juros antes do fim do ano pode ser difícil, especialmente quando o Fed está prestes a elevar (os juros). O comunicado recente feito pelo vice-ministro também indica que a China vai fazer mais no lado fiscal no próximo ano."

Na sexta-feira, o vice-ministro das Finanças indicou, segundo o Caixin Maganize, que um déficit fiscal de 3 por cento, bem acima dos 2,3 por cento planejados para 2015, ainda poder ser considerado dentro de faixa segura.

A China já está em seu maior ciclo de afrouxamento desde o auge da crise financeira, mas a inflação baixa significa que as taxas de juros reais continuam altas para muitas empresas, especialmente manufatureiras, que têm sofrido há anos com o enfraquecimento dos preços de fábrica.

O banco central já cortou a taxa de juros seis vezes desde novembro do ano passado, e reduziu repetidamente a taxa de compulsório.

Os dados fracos da inflação desta terça-feira dá continuidade a uma tendência bem estabelecida de queda nos preços ao produtor e altas fracas dos preços ao consumidor, em parte resultado da forte desvalorização dos preços das commodities em 2015, mas também refletindo a desaceleração do crescimento da demanda por muitos bens.

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