Aloízio Marcadante, presidente do BNDES (EVARISTO SA/AFP via/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 22 de maio de 2024 às 14h32.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quarta-feira taxas menores para a linha de crédito especial que o governo planeja anunciar para auxiliar a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul.
— Vamos operar uma linha no Rio Grande do Sul, mas precisamos de taxas de juros menores — afirmou Mercadante, em seminário que discutiu as rotas de descarbonização da economia, evento organizado em parceria com CEBRI, BID, BNDES e EPE.
Apesar de citar a demanda por taxas menores, o presidente do banco de desenvolvimento disse que não daria detalhes sobre a nova linha de crédito.
— Não adianta porque eu não vou falar. Quem vai anunciar é o presidente Lula.
O presidente do BNDES aproveitou para citar esforços que o banco vem fazendo para auxiliar no debate sobre a reconstrucao do estado do Rio Grande do Sul. Segundo ele, o banco prevê realizar um seminário para discutir as experiências internacionais para reconstrução de regiões, com exemplos do que já foi feito em países como Japão e Indonésia.
Cidade esponja, recuo dos rios, sistemas de bombeamento e drenagem são algumas das estratégias adotadas pelos países, comentou Mercadante.
— Queremos aprender com essas experiências e ter um programa inovador.
Mercadante comentou ainda que o banco está 24 horas pensando em políticas para enfrentar a emergência da tragédia e toda agenda da reconstrução, incluindo meios de mitigação e adaptação aos eventos climáticos.
—(Esse plano) ainda nem começou e vai ser absolutamente decisivo repensar a ocupação do solo e a reconstrução de Porto Alegre e de boa parte das cidades do estado do RS.
Para Mercadante, a tragédia no Rio Grande do Sul “abalou a convicção dos negacionistas” porque expôs os efeitos do aquecimento global.
Ao citar iniciativas do banco para acelerar a transição energética, ele defendeu que o pais supere o “negacionismo econômico” em torno da agenda ambiental e que sejam destinados mais recursos para transição.
— Esta é a primeira vez na História que a nova energia é mais cara que a anterior, então ela precisa de incentivo