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Presidente da Anfavea vê estabilização em vendas de veículos

Presidente da Anfavea afirmou que dados de vendas de veículos de julho confirmam tendência de estabilização

Carros: para presidente da Anfavea, mercado automotivo "parece ter encontrado seu piso" (REUTERS/Laurent Dubrule)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 14h01.

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), Antonio Megale, afirmou nesta quarta-feira, 6, que os dados de venda de veículos em junho confirmam uma tendência de estabilização observada nos meses anteriores.

"O mercado parece ter encontrado o seu piso", defendeu o executivo.

Para ilustrar o seu raciocínio, ele apresentou um gráfico que mostra a redução do ritmo de queda interanual na venda de veículos em 2016.

Em janeiro, o recuo foi de 38,9% em comparação com janeiro de 2015. No acumulado de janeiro e fevereiro, a queda foi menos intensa, de 31,3%.

No primeiro trimestre, as vendas recuaram 28,6%. Até abril, a retração foi de 27,9%. De janeiro a maio, as vendas caíram 26,6%. E, no primeiro semestre, a baixa acumulada é de 25,4% em relação ao mesmo período de 2015.

Com base nestes números, Megale acredita que a previsão da Anfavea para o ano inteiro, de queda de 19%, deverá ser confirmada em dezembro.

"Depois de estabilizar, normalmente vem um crescimento, e temos visto indicadores melhores de confiança do consumidor e algumas visões bem claras do governo federal no sentido de controlar os gastos", disse o presidente da Anfavea.

Financiamento

Apesar dos sinais de melhora, Megale lamentou que a participação dos financiamentos na venda de veículos tenha ficado em 51,2% em junho, o menor nível da série histórica.

"Significa que ainda há uma dificuldade de obtenção de financiamento, ou por parte do agente financeiro ou por uma decisão do consumidor", afirmou o executivo.

Ele disse também que as montadoras instaladas no Brasil ainda contam com excedente de mão de obra, apesar das demissões registradas desde o ano passado.

"De 2004 até 2014 nós tivemos um aumento da produção em relação ao nível de emprego, ajustando isso com trabalho no fim de semana e hora extra. Desde 2015, no entanto, essa tendência se inverteu, então estamos com excedente de mão de obra", afirmou.

As montadoras instaladas no Brasil terminaram o primeiro semestre com o menor nível de produção para o período desde 2004. De janeiro a junho deste ano, 1.016.680 veículos saíram das fábricas, queda de 21,2% em relação a igual intervalo de 2015.

Só em junho, 182.626 unidades foram produzidas, baixa de 3% em relação a junho do ano passado, mas alta de 4,2% na comparação com maio.

Com o corte na produção, as demissões continuaram nas montadoras. Só em junho, 244 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 9.163 mil vagas a menos.

Com isso, a indústria conta hoje com 127.742 funcionários, recuo de 6,7% em relação ao nível de junho do ano passado.

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São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), Antonio Megale, afirmou nesta quarta-feira, 6, que os dados de venda de veículos em junho confirmam uma tendência de estabilização observada nos meses anteriores.

"O mercado parece ter encontrado o seu piso", defendeu o executivo.

Para ilustrar o seu raciocínio, ele apresentou um gráfico que mostra a redução do ritmo de queda interanual na venda de veículos em 2016.

Em janeiro, o recuo foi de 38,9% em comparação com janeiro de 2015. No acumulado de janeiro e fevereiro, a queda foi menos intensa, de 31,3%.

No primeiro trimestre, as vendas recuaram 28,6%. Até abril, a retração foi de 27,9%. De janeiro a maio, as vendas caíram 26,6%. E, no primeiro semestre, a baixa acumulada é de 25,4% em relação ao mesmo período de 2015.

Com base nestes números, Megale acredita que a previsão da Anfavea para o ano inteiro, de queda de 19%, deverá ser confirmada em dezembro.

"Depois de estabilizar, normalmente vem um crescimento, e temos visto indicadores melhores de confiança do consumidor e algumas visões bem claras do governo federal no sentido de controlar os gastos", disse o presidente da Anfavea.

Financiamento

Apesar dos sinais de melhora, Megale lamentou que a participação dos financiamentos na venda de veículos tenha ficado em 51,2% em junho, o menor nível da série histórica.

"Significa que ainda há uma dificuldade de obtenção de financiamento, ou por parte do agente financeiro ou por uma decisão do consumidor", afirmou o executivo.

Ele disse também que as montadoras instaladas no Brasil ainda contam com excedente de mão de obra, apesar das demissões registradas desde o ano passado.

"De 2004 até 2014 nós tivemos um aumento da produção em relação ao nível de emprego, ajustando isso com trabalho no fim de semana e hora extra. Desde 2015, no entanto, essa tendência se inverteu, então estamos com excedente de mão de obra", afirmou.

As montadoras instaladas no Brasil terminaram o primeiro semestre com o menor nível de produção para o período desde 2004. De janeiro a junho deste ano, 1.016.680 veículos saíram das fábricas, queda de 21,2% em relação a igual intervalo de 2015.

Só em junho, 182.626 unidades foram produzidas, baixa de 3% em relação a junho do ano passado, mas alta de 4,2% na comparação com maio.

Com o corte na produção, as demissões continuaram nas montadoras. Só em junho, 244 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 9.163 mil vagas a menos.

Com isso, a indústria conta hoje com 127.742 funcionários, recuo de 6,7% em relação ao nível de junho do ano passado.

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