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Presidente da Abimaq prevê nova queda de faturamento em 2015

A indústria de máquinas e equipamentos fechou 2014 com faturamento bruto real de R$ 71,19 bilhões, queda de 13,7% ante 2013

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 14h52.

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, disse na tarde desta quarta-feira, 28, que o setor deve ter mais um ano com recuo no faturamento .

"Somos obrigados a ser pessimistas, vai haver uma nova queda de faturamento em 2015 e será a 4ª seguida", afirmou, em coletiva de imprensa, para comentar os resultados de 2014.

Pastoriza preferiu não fazer estimativas para o volume faturado este ano.

A indústria de máquinas e equipamentos fechou 2014 com faturamento bruto real de R$ 71,19 bilhões, queda de 13,7% ante 2013.

De acordo com a entidade, no período de 2012-2014, o setor já acumula queda superior a 20% no faturamento.

O executivo criticou as medidas de ajuste econômicos feitas pela nova equipe da presidente Dilma Rousseff e afirmou que o governo está optando pelo lado "mais fácil" que é o de aumentar impostos.

"Onde estão as reformas que já discutimos há muito tempo, que enxuguem os custos sem afetar a competitividade?", questionou.

Segundo ele, além do "pacote de maldades" que o governo está adotando é preciso paralelamente adotar um "pacote de bondades" que devolva a competitividade ao país.

Pastoriza destacou, entretanto, que é preciso que as medidas sejam estruturantes.

"De pacote a base de medidas pontuais e paliativas nós já estamos cansados", afirmou.

O presidente da Abimaq disse que o setor chegou a agradecer medidas como o Reintegra e a desoneração da folha de pagamento, mas que elas são pontuais e "não chegam a uma pequena fração do custo que temos que enfrentar".

Plano de exportações

Pastoriza foi cético em relação à possibilidade de um pacote de apoio às exportações, que a presidente Dilma e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, pretendem anunciar.

"Hoje tivemos um evento com um representante do MDIC e falaram da importância de exportar, mas o único pacote que o Brasil precisa hoje para ser eficaz é um pacote que diminuísse o custo Brasil", disse.

Pastoriza afirmou que já teve uma reunião com o ministro de Planejamento, Nelson Barbosa, e que a entidade já solicitou uma audiência com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Temos uma boa relação com o Barbosa, mas claramente ele não nos deu esperanças de conseguirmos coisas no curto prazo", afirmou.

"A gente percebe o clima em Brasília: o pessoal não está muito sintonizado."

Nesta quinta-feira, representantes da Abimaq terão audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para tratar da redução do porcentual de bens financiados pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Na sexta-feira, haverá um encontro com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para tratar o tema. "Na nossa visão estão cortando do lado errado", disse Pastoriza.

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São Paulo - O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, disse na tarde desta quarta-feira, 28, que o setor deve ter mais um ano com recuo no faturamento .

"Somos obrigados a ser pessimistas, vai haver uma nova queda de faturamento em 2015 e será a 4ª seguida", afirmou, em coletiva de imprensa, para comentar os resultados de 2014.

Pastoriza preferiu não fazer estimativas para o volume faturado este ano.

A indústria de máquinas e equipamentos fechou 2014 com faturamento bruto real de R$ 71,19 bilhões, queda de 13,7% ante 2013.

De acordo com a entidade, no período de 2012-2014, o setor já acumula queda superior a 20% no faturamento.

O executivo criticou as medidas de ajuste econômicos feitas pela nova equipe da presidente Dilma Rousseff e afirmou que o governo está optando pelo lado "mais fácil" que é o de aumentar impostos.

"Onde estão as reformas que já discutimos há muito tempo, que enxuguem os custos sem afetar a competitividade?", questionou.

Segundo ele, além do "pacote de maldades" que o governo está adotando é preciso paralelamente adotar um "pacote de bondades" que devolva a competitividade ao país.

Pastoriza destacou, entretanto, que é preciso que as medidas sejam estruturantes.

"De pacote a base de medidas pontuais e paliativas nós já estamos cansados", afirmou.

O presidente da Abimaq disse que o setor chegou a agradecer medidas como o Reintegra e a desoneração da folha de pagamento, mas que elas são pontuais e "não chegam a uma pequena fração do custo que temos que enfrentar".

Plano de exportações

Pastoriza foi cético em relação à possibilidade de um pacote de apoio às exportações, que a presidente Dilma e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, pretendem anunciar.

"Hoje tivemos um evento com um representante do MDIC e falaram da importância de exportar, mas o único pacote que o Brasil precisa hoje para ser eficaz é um pacote que diminuísse o custo Brasil", disse.

Pastoriza afirmou que já teve uma reunião com o ministro de Planejamento, Nelson Barbosa, e que a entidade já solicitou uma audiência com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"Temos uma boa relação com o Barbosa, mas claramente ele não nos deu esperanças de conseguirmos coisas no curto prazo", afirmou.

"A gente percebe o clima em Brasília: o pessoal não está muito sintonizado."

Nesta quinta-feira, representantes da Abimaq terão audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para tratar da redução do porcentual de bens financiados pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Na sexta-feira, haverá um encontro com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para tratar o tema. "Na nossa visão estão cortando do lado errado", disse Pastoriza.

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