Economia

Prefeito de SP critica juros excessivos da União

Em entrevista, Fernando Haddad comparou a postura da União nesse quesito à de um "agiota"


	Fernando Haddad: "Quem cobra juros superiores ao que paga, na minha opinião, está agindo mal", afirmou o prefeito de São Paulo
 (Divulgação/Band)

Fernando Haddad: "Quem cobra juros superiores ao que paga, na minha opinião, está agindo mal", afirmou o prefeito de São Paulo (Divulgação/Band)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 15h14.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), criticou nesta segunda-feira o governo federal por cobrar juros excessivos da capital paulista no pagamento da dívida municipal. Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta manhã, Haddad comparou a postura da União nesse quesito à de um "agiota".

Posteriormente, durante abertura da 40ª Couromoda, no Anhembi, o prefeito reforçou que o juro pago atualmente "é muito superior aos juros que a própria União paga no mercado para rolar a sua própria dívida".

"Quem cobra juros superiores ao que paga, na minha opinião, está agindo mal", disse após participação na feira, ao ser questionado sobre o termo "agiota" proferido por ele mais cedo.

À Jovem Pan, Haddad havia dito que o governo federal "enriqueceu às custas de Estados e municípios". "Quando a União cobra uma taxa de juro do município de São Paulo superior à que ela própria paga para rolar sua própria dívida, ela está enriquecendo às nossas custas. Virou agiota."

Durante a Couromoda, Haddad afirmou que a forma como a dívida do município é paga hoje é "impraticável" e que o governo federal já sinalizou a possibilidade de mudar esse quadro. "É um erro que se cometeu contra São Paulo e agora está se fazendo justiça", comentou após abertura do evento.

Na rádio, o prefeito afirmou que o governo Dilma está tentando mudar essa situação fiscal. "(Dilma) encaminhou uma lei complementar mudando o pacto federativo no que diz respeito ao endividamento", disse à emissora. Haddad afirmou também na rádio que tem conversado com frequência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o assunto.

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