Preços dos alimentos caíram em 2014 pelo 3º ano seguido
Foi registrada uma baixa de 3,7% em relação a 2013
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 10h10.
Roma - O índice de preços dos alimentos da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) registrou em 2014 seu terceiro ano consecutivo de queda, com uma baixa de 3,7% em relação a 2013, segundo informou o organismo em um comunicado.
O indicador, que mede a variação mensal de um grupo básico de alimentos, só aumentou em relação à carne , com uma alta de 8,1% frente ao ano anterior.
Para a queda generalizada dos preços contribuíram uma "contínua ampla oferta e as reservas recorde, combinadas com a força do dólar americano e a baixa dos preços do petróleo", explicou a organização.
O grupo dos cereais foi o que teve a maior queda de preços, com uma baixa de 12,5% ante 2013, devido às "previsões de uma produção recorde e abundantes estoques".
No mês de dezembro o índice baixou após permanecer estável durante três meses. A queda mais acentuada foi do açúcar, que caiu 4,8%, nível mais baixo em quatro anos, em função da "oferta abundante nos principais produtores, como o Brasil".
Além disso, a FAO disse que a "queda dos preços do petróleo, que rebaixou a demanda de cultivo de cana para ser convertido em etanol, também pesou nas cotações internacionais do açúcar em dezembro".
O economista da FAO Abdolreza Abbassian explicou que a "caída dos preços do petróleo, obviamente, faz com que a produção do etanol seja menos atrativa".
A segunda maior queda foi no segmento dos óleos vegetais, que caiu 2,4% em relação a novembro, até alcançar seu menor nível em cinco anos, devido a uma menor demanda de óleo de palma como matéria-prima de biodiesel vinculada a uma baixa dos preços do petróleo.
No entanto, a organização indicou que o "excesso de chuvas no final do ano diminuiu a colheita e trituração na Malásia, apoiando os preços do azeite de palma, que tem o maior peso neste subindice".
O preço dos produtos lácteos atingiu em dezembro seu nível mais baixo desde 2009, com uma redução de 2,3%, causada pelo "enfraquecimento das importações da China e Rússia e os abundantes estoques para exportação".
Apesar da alta generalizada em 2014, o preço da carne caiu em dezembro 1,9% em relação ao mês anterior, "já que o dólar mais forte freou as cotações dos preços da carne de cordeiro da Oceania e porco da Europa", mas mesmo assim seu valor "está próximo de seus máximos mensais históricos".
O índice de preços dos alimentos da FAO é um indicador ponderado com base nas trocas comerciais dos cinco principais grupos de alimentos básicos no mercado internacional: cereais, carne, produtos lácteos, óleos vegetais e açúcar.
Roma - O índice de preços dos alimentos da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) registrou em 2014 seu terceiro ano consecutivo de queda, com uma baixa de 3,7% em relação a 2013, segundo informou o organismo em um comunicado.
O indicador, que mede a variação mensal de um grupo básico de alimentos, só aumentou em relação à carne , com uma alta de 8,1% frente ao ano anterior.
Para a queda generalizada dos preços contribuíram uma "contínua ampla oferta e as reservas recorde, combinadas com a força do dólar americano e a baixa dos preços do petróleo", explicou a organização.
O grupo dos cereais foi o que teve a maior queda de preços, com uma baixa de 12,5% ante 2013, devido às "previsões de uma produção recorde e abundantes estoques".
No mês de dezembro o índice baixou após permanecer estável durante três meses. A queda mais acentuada foi do açúcar, que caiu 4,8%, nível mais baixo em quatro anos, em função da "oferta abundante nos principais produtores, como o Brasil".
Além disso, a FAO disse que a "queda dos preços do petróleo, que rebaixou a demanda de cultivo de cana para ser convertido em etanol, também pesou nas cotações internacionais do açúcar em dezembro".
O economista da FAO Abdolreza Abbassian explicou que a "caída dos preços do petróleo, obviamente, faz com que a produção do etanol seja menos atrativa".
A segunda maior queda foi no segmento dos óleos vegetais, que caiu 2,4% em relação a novembro, até alcançar seu menor nível em cinco anos, devido a uma menor demanda de óleo de palma como matéria-prima de biodiesel vinculada a uma baixa dos preços do petróleo.
No entanto, a organização indicou que o "excesso de chuvas no final do ano diminuiu a colheita e trituração na Malásia, apoiando os preços do azeite de palma, que tem o maior peso neste subindice".
O preço dos produtos lácteos atingiu em dezembro seu nível mais baixo desde 2009, com uma redução de 2,3%, causada pelo "enfraquecimento das importações da China e Rússia e os abundantes estoques para exportação".
Apesar da alta generalizada em 2014, o preço da carne caiu em dezembro 1,9% em relação ao mês anterior, "já que o dólar mais forte freou as cotações dos preços da carne de cordeiro da Oceania e porco da Europa", mas mesmo assim seu valor "está próximo de seus máximos mensais históricos".
O índice de preços dos alimentos da FAO é um indicador ponderado com base nas trocas comerciais dos cinco principais grupos de alimentos básicos no mercado internacional: cereais, carne, produtos lácteos, óleos vegetais e açúcar.