Preços de automóveis nos EUA são, no mínimo, a metade
Levantamento feito por VEJA mostra que preços de veículos importados vendidos no Brasil beiram, de fato, o ridículo
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 21h08.
São Paulo - Na semana passada, o artigo “O ridículo Jeep Grand Cherokee de 80 mil dólares do Brasil”, da revista Forbes, chamou a atenção para um fato que, há tempos, incomoda o consumidor brasileiro: a absurda discrepância de preço entre veículos vendidos no exterior e no país.
O autor da matéria – Kenneth Rapoza, especializado na cobertura de países emergentes – chamou a atenção para o preço de um Jeep, que é 220% mais caro no Brasil que nos Estados Unidos. Ele pouco se ateve aos impostos que incidem sobre os importados no mercado doméstico – os quais, inclusive, tiveram sua alíquota aumentada no ano passado para conter a suposta invasão de veículos produzidos, sobretudo, na China e Coreia do Sul.
Preferiu criticar o consumidor brasileiro por aceitar pagar este preço. O jornalista também ironizou o fato de as classes mais abastadas comprarem determinados modelos no Brasil como se fossem luxuosos, sendo que, em seus países de origem, muitos deles são populares.
Nesta terça-feira, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) rebateu a reportagem. De acordo com a entidade, um automóvel fica três vezes mais caro no mercado interno graças à incidência de 35% de Imposto de Importação, 3% de despesas aduaneiras, 54% de ICMS e PIS/Cofins e 55% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A margem das importadoras seria de 'apenas' 7,5% e das concessionárias, de 10%, segundo a Abeiva.
Levantamento feito pela reportagem do site de VEJA mostra que a diferença de preço verificada pelo jornalista no caso da Jeep Grand Cherokee não é um fato isolado. O Jaguar XF V8, por exemplo, é 225% mais caro nas concessionárias de São Paulo e do Rio de Janeiro que os valores praticados no varejo americano. Já o preço do Posche Cayenne S é 185% maior.
O termômetro do ridículo
Confira os preços de alguns veículos no Brasil e nos EUA (em reais):
Modelo | Estados Unidos | Brasil | Variação |
---|---|---|---|
Jaguar XF V8 | R$ 122.370 | R$398.000 | 225% |
Cayenne S | R$ 133.000 | R$379.000 | 185% |
Hyundai ix35 2,0L 16v | R$ 38.880 | R$ 83.600 | 115% |
Mercedes-Benz Classe C 250 | R$ 71.400 | R$ 150.600 | 111% |
Range Rover Evoque | R$ 88.870 | R$ 177.500 | 100% |
Audi A3 | R$ 55.000 | R$ 106.800 | 94% |
São Paulo - Na semana passada, o artigo “O ridículo Jeep Grand Cherokee de 80 mil dólares do Brasil”, da revista Forbes, chamou a atenção para um fato que, há tempos, incomoda o consumidor brasileiro: a absurda discrepância de preço entre veículos vendidos no exterior e no país.
O autor da matéria – Kenneth Rapoza, especializado na cobertura de países emergentes – chamou a atenção para o preço de um Jeep, que é 220% mais caro no Brasil que nos Estados Unidos. Ele pouco se ateve aos impostos que incidem sobre os importados no mercado doméstico – os quais, inclusive, tiveram sua alíquota aumentada no ano passado para conter a suposta invasão de veículos produzidos, sobretudo, na China e Coreia do Sul.
Preferiu criticar o consumidor brasileiro por aceitar pagar este preço. O jornalista também ironizou o fato de as classes mais abastadas comprarem determinados modelos no Brasil como se fossem luxuosos, sendo que, em seus países de origem, muitos deles são populares.
Nesta terça-feira, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) rebateu a reportagem. De acordo com a entidade, um automóvel fica três vezes mais caro no mercado interno graças à incidência de 35% de Imposto de Importação, 3% de despesas aduaneiras, 54% de ICMS e PIS/Cofins e 55% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A margem das importadoras seria de 'apenas' 7,5% e das concessionárias, de 10%, segundo a Abeiva.
Levantamento feito pela reportagem do site de VEJA mostra que a diferença de preço verificada pelo jornalista no caso da Jeep Grand Cherokee não é um fato isolado. O Jaguar XF V8, por exemplo, é 225% mais caro nas concessionárias de São Paulo e do Rio de Janeiro que os valores praticados no varejo americano. Já o preço do Posche Cayenne S é 185% maior.
O termômetro do ridículo
Confira os preços de alguns veículos no Brasil e nos EUA (em reais):
Modelo | Estados Unidos | Brasil | Variação |
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Jaguar XF V8 | R$ 122.370 | R$398.000 | 225% |
Cayenne S | R$ 133.000 | R$379.000 | 185% |
Hyundai ix35 2,0L 16v | R$ 38.880 | R$ 83.600 | 115% |
Mercedes-Benz Classe C 250 | R$ 71.400 | R$ 150.600 | 111% |
Range Rover Evoque | R$ 88.870 | R$ 177.500 | 100% |
Audi A3 | R$ 55.000 | R$ 106.800 | 94% |