Economia

Preço de produto agropecuário no atacado sobe 0,45%

Já os preços de produtos industriais avançaram 0,25% ante alta de 0,56% em junho. Os preços dos bens intermediários subiram 0,99% em julho ante avanço de 0,84% em junho


	O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou alta de 0,30% em julho, após avançar 0,68% em junho
 (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou alta de 0,30% em julho, após avançar 0,68% em junho (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 12h17.

São Paulo - Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 0,45% em julho, depois de registrarem alta de 1,01% em junho, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Já os preços de produtos industriais avançaram 0,25% ante alta de 0,56% em junho. Os preços dos bens intermediários subiram 0,99% em julho ante avanço de 0,84% em junho.

Os preços dos bens finais tiveram queda de 0,58% ante variação positiva de 0,08%, na mesma base de comparação. Os preços das matérias-primas brutas subiram 0,54% ante alta de 1,23% em junho. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou alta de 0,30% em julho, após avançar 0,68% em junho. Em 12 meses, o IPA acumula alta de 4,53% e, no ano, de 0,89%.

Alimentação

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado para a composição do IGP-M, caiu de 0,39% em junho para -0,07% em julho, influenciado principalmente pelo grupo Alimentação, que passou de 0,23% para -0,48% no período. O destaque do grupo foi a variação do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -5,15% para -10,67%.

Outros cinco grupos colaboraram para a deflação do IPC: Transportes (de 0,30% para -0,62%), Habitação (de 0,64% para 0,39%), Vestuário (de 0,72% para -0,38%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,44% para 0,38%) e Comunicação (de 0,20% para 0,14%).

Em cada uma das classes de despesa, a FGV destacou o comportamento dos itens tarifa de ônibus urbano (de 1,98% para -2,47%), empregada doméstica mensalista (de 0,70% para 0,18%), roupas (de 0,91% para -0,41%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,50% para 0,34%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,22% para -0,21%).


Em contrapartida, os grupos Despesas Diversas (de 0,03% para 0,30%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,24% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A FGV destacou os itens serviço religioso e funerário (de -0,13% para 1,04%) e excursão e tour (de -1,28% para -0,39%).

A lista de maiores influências negativas do IPC foi composta por tomate (de -6,15% para -29,96%), tarifa de ônibus urbano (de 1,98% para -2,47%), mamão papaia (de 20,75% para -26,81%), cenoura (de -18,86% para -17,41%) e etanol (de -2,41% para -1,39%).

Já entre as maiores influências positivas aparecem refeições em bares e restaurantes (de 0,55% para 0,78%), leite tipo longa vida (de 3,52% para 5,56%), aluguel residencial (de 0,82% para 0,66%), plano e seguro de saúde (repetiu a taxa de 0,62%) e sanduíches (de 0,95% para 1,14%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), também apurado para o cálculo do IGP-M, desacelerou de 1,96% em junho para 0,73% em julho. Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,37% em julho ante 0,58% no mês anterior, enquanto Mão de Obra subiu 1,05% em julho ante alta de 3,24% em junho.


Alimentos in natura

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA), medido para a composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), recuou de 0,68% em junho para 0,30% em julho. O índice geral, o IGP-M, desacelerou de 0,75% para 0,26% no período. Dos três estágios apurados pela FGV para o IPA, Bens Finais e Matérias-primas Brutas recuaram, enquanto os preços dos Bens Intermediários avançaram.

O índice relativo a Bens Finais passou de 0,08% em junho para -0,58% em julho. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -1,39% para -6,64%. Ao se excluírem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,29%. Em junho, a taxa foi de 0,37%.

O índice de Matérias-primas Brutas desacelerou de 1,23% em junho para 0,54% em julho. Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens soja em grão (de 11,38% para 4,92%), minério de ferro (de 0,34% para -4,32%) e milho em grão (de -1,39% para -2,96%).

Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como aves (de -4,05% para 2,23%), bovinos (de 0,18% para 2,94%) e laranja (de -17,01% para -3,24%).


Na contramão, o índice referente ao grupo Bens Intermediários acelerou de 0,84% em junho para 0,99% em julho. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 1,18% para 1,34%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo.

O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 1,09%, ante 1% em junho.

Influência

Entre as maiores influências negativas no IPA em julho aparecem minério de ferro (de 0,34% para -4,32%), tomate (de -23,98% para -44%), milho em grão (de -1,39% para -2,96%), mamão (de 9,22% para -29,09%) e batata-inglesa (de 11,76% para -4,87%).

Já a lista das maiores influências positivas no IPA é composta por soja em grão (de 11,38% para 4,92%), farelo de soja (de 18,34% para 9,72%), bovinos (0,18% para 2,94%), leite in natura (de 2,95% para 3,72%) e aves (de -4,05% para 2,23%).

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