Economia

Poupança tem menor captação no mês de outubro desde 2008

No mês passado, os depósitos na caderneta somaram R$ 144,2 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 143,6 bilhões


	Poupança: valor total nas contas passou de R$ 643,4 bilhões, em setembro, para R$ 647,5 bilhões, em outubro
 (Getty Images)

Poupança: valor total nas contas passou de R$ 643,4 bilhões, em setembro, para R$ 647,5 bilhões, em outubro (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 15h34.

Brasília - O Banco Central (BC) informou hoje (6) que os brasileiros depositaram R$ 540 milhões a mais do que retiraram da caderneta de poupança em outubro. É a menor entrada líquida de dinheiro para meses de outubro desde 2008.

No mês passado, os depósitos na caderneta somaram R$ 144,2 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 143,6 bilhões. O valor total nas contas passou de R$ 643,4 bilhões, em setembro, para R$ 647,5 bilhões, em outubro.

O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,5 bilhões.

Após a elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,25% ao ano, o pequeno poupador deve analisar bem onde investir seu dinheiro.

De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a alta dos juros básicos manteve os fundos de investimento mais atrativos do que a caderneta na maioria das simulações, apesar de a poupança não pagar impostos nem taxas de administração.

Segundo a Anefac, apenas nos casos em que os fundos de investimento cobram altas taxas de administração – a partir de 2,5% ao ano –, a poupança torna-se mais vantajosa. Para taxas de 2% ao ano, a caderneta só rende mais do que os fundos em aplicações de até um ano.

Para taxas de administração de 1,5%, a poupança ganha apenas se o dinheiro ficar aplicado no máximo seis meses. Nos fundos com taxa de até 1% ao ano, a caderneta perde em todas as simulações.

Pela regra atual, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a taxa referencial (TR), uma taxa variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano.

Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasBanco CentralBancosFinançasMercado financeiroPoupança

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Mais na Exame