Economia

Portugal: BC prevê contração de 1,6% em 2013

Portugal está implementando uma série de cortes de gastos e elevações de impostos para reduzir seu déficit orçamentário a níveis acertados com credores internacionais


	Para este ano, o Banco Central reiterou sua previsão de um recuo de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) português
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Para este ano, o Banco Central reiterou sua previsão de um recuo de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) português (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 14h12.

Lisboa - O Banco Central de Portugal reduziu fortemente sua projeção para o desempenho econômico do país no ano que vem, mas alertou que o eventual alívio de medidas de austeridade pode elevar a dívida pública a níveis perigosos.

Em relatório divulgado hoje, o banco previu que a economia portuguesa vai encolher 1,6% em 2013, o que marcaria o terceiro ano seguido de contração. No documento anterior, publicado na época do verão europeu, a previsão era de que a economia ficaria estável no próximo ano. O governo em Lisboa projeta uma retração de 1% para o ano que vem.

Para este ano, a instituição reiterou sua previsão de um recuo de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) português.

A revisão da previsão para 2013 foi atribuída a uma queda mais forte no consumo privado e doméstica demanda, que devem ser afetados por um programa de austeridade com foco em aumento de impostos.

O BC português ressaltou também que suas projeções podem ser mais otimistas do que a realidade. "Em particular, a projeção para exportações pode ser prejudicada por uma deterioração nas condições externas", disse o banco.

A previsão para as exportações de Portugal é que subam 5% no ano que vem, depois de avançarem 6,3% este ano. Já para o consumo privado, a expectativa é de queda de 2,6% em 2013, após um recuo de 5,8% em 2012.

Portugal está implementando uma série de cortes de gastos e elevações de impostos para reduzir seu déficit orçamentário a níveis acertados com credores internacionais, como parte de um pacote de ajuda de 78 bilhões de euros (US$ 99 bilhões). As informações são da Dow Jones.

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