Políticas cambial e monetária são principais temas em Davos
O Fórum Econômico Mundial poderá viver dias agitados de debate sobre o rumo dos juros
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 09h07.
Londres - Basta olhar para o calendário para perceber que as políticas cambial e monetária serão tema central no Fórum Econômico Mundial, em Davos .
O encontro será realizado uma semana após o Banco Central da Suíça chocar o mercado com uma inesperada e profunda mudança na política cambial.
No segundo dia do evento, na quinta-feira, 22, o Banco Central Europeu (BCE) se reúne e parte do mundo econômico aposta que pode ser anunciado o início de um programa sem precedentes de injeção de dinheiro.
O Fórum Econômico Mundial poderá viver dias agitados de debate sobre o rumo dos juros. Além do debate de longo prazo sobre o impacto da falta de sincronia das políticas econômicas nos Estados Unidos e Europa, as conversas têm temas quentes de última hora.
A partir de quarta-feira, 21, oito banqueiros centrais dos mais importantes do mundo estarão em Davos. Além do brasileiro Alexandre Tombini, estarão os presidentes dos BCs do Canadá, da França, Inglaterra, Itália, do Japão, México e da anfitriã Suíça.
Thomas Jordan, o presidente do BC suíço, aliás, deverá ter uma recepção calorosa após acabar com a vinculação da moeda nacional, o franco, com o euro.
A decisão fez a divisa disparar quase 40%. Algumas instituições amargaram prejuízo e duas corretoras fecharam as portas.
Na quinta, 22, o BCE anuncia em Frankfurt nova decisão de política monetária.
Alguns participantes embarcam a Davos com a aposta de que a instituição liderada por Mario Draghi poderá iniciar o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) na Europa - injeção de dinheiro na economia por meio da compra de títulos da dívida soberana que atualmente estão na carteira dos bancos.
Apesar de estar a apenas 400 quilômetros dos Alpes Suíços, Draghi não irá ao evento.
Preocupação
Líderes globais que estarão em Davos temem que a falta de sincronia entre o provável aperto nos juros nos EUA e o esperado relaxamento monetário na Europa gere uma nova onda de turbulência no mercado financeiro e no fluxo de capitais.
Países emergentes que dependem do financeiro externo são os mais vulneráveis.
Desde novembro, o ex-ministro de Finanças da Suécia Anders Borg ocupa a presidência da Iniciativa do Sistema Financeiro Global, grupo focado nos temas financeiros no Fórum.
Uma das principais funções de Borg é conversar com líderes para definir as diretrizes do debate econômico em Davos.
Após inúmeras conversas e consultas, o ex-ministro sueco diz que "há ansiedade" de que as políticas monetárias provoquem uma turbulência comparável à vista em 1994, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciou uma esperada alta dos juros.
Petróleo
Fora dos bancos centrais, outro tema quente é a queda do petróleo. O preço da commodity caiu drasticamente nos últimos meses e, segundo analistas, o movimento estaria sendo gerado pelos países exportadores, que tentam tornar o petróleo mais competitivo para forçar a inviabilidade econômica de novas fontes energéticas, como o gás de xisto nos Estados Unidos.
O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla Salem El Badri, estará em Davos e deverá ser questionado à exaustão sobre o tema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Londres - Basta olhar para o calendário para perceber que as políticas cambial e monetária serão tema central no Fórum Econômico Mundial, em Davos .
O encontro será realizado uma semana após o Banco Central da Suíça chocar o mercado com uma inesperada e profunda mudança na política cambial.
No segundo dia do evento, na quinta-feira, 22, o Banco Central Europeu (BCE) se reúne e parte do mundo econômico aposta que pode ser anunciado o início de um programa sem precedentes de injeção de dinheiro.
O Fórum Econômico Mundial poderá viver dias agitados de debate sobre o rumo dos juros. Além do debate de longo prazo sobre o impacto da falta de sincronia das políticas econômicas nos Estados Unidos e Europa, as conversas têm temas quentes de última hora.
A partir de quarta-feira, 21, oito banqueiros centrais dos mais importantes do mundo estarão em Davos. Além do brasileiro Alexandre Tombini, estarão os presidentes dos BCs do Canadá, da França, Inglaterra, Itália, do Japão, México e da anfitriã Suíça.
Thomas Jordan, o presidente do BC suíço, aliás, deverá ter uma recepção calorosa após acabar com a vinculação da moeda nacional, o franco, com o euro.
A decisão fez a divisa disparar quase 40%. Algumas instituições amargaram prejuízo e duas corretoras fecharam as portas.
Na quinta, 22, o BCE anuncia em Frankfurt nova decisão de política monetária.
Alguns participantes embarcam a Davos com a aposta de que a instituição liderada por Mario Draghi poderá iniciar o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) na Europa - injeção de dinheiro na economia por meio da compra de títulos da dívida soberana que atualmente estão na carteira dos bancos.
Apesar de estar a apenas 400 quilômetros dos Alpes Suíços, Draghi não irá ao evento.
Preocupação
Líderes globais que estarão em Davos temem que a falta de sincronia entre o provável aperto nos juros nos EUA e o esperado relaxamento monetário na Europa gere uma nova onda de turbulência no mercado financeiro e no fluxo de capitais.
Países emergentes que dependem do financeiro externo são os mais vulneráveis.
Desde novembro, o ex-ministro de Finanças da Suécia Anders Borg ocupa a presidência da Iniciativa do Sistema Financeiro Global, grupo focado nos temas financeiros no Fórum.
Uma das principais funções de Borg é conversar com líderes para definir as diretrizes do debate econômico em Davos.
Após inúmeras conversas e consultas, o ex-ministro sueco diz que "há ansiedade" de que as políticas monetárias provoquem uma turbulência comparável à vista em 1994, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciou uma esperada alta dos juros.
Petróleo
Fora dos bancos centrais, outro tema quente é a queda do petróleo. O preço da commodity caiu drasticamente nos últimos meses e, segundo analistas, o movimento estaria sendo gerado pelos países exportadores, que tentam tornar o petróleo mais competitivo para forçar a inviabilidade econômica de novas fontes energéticas, como o gás de xisto nos Estados Unidos.
O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla Salem El Badri, estará em Davos e deverá ser questionado à exaustão sobre o tema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.