Economia

Plano Safra: expectativa é que Paraná fique com R$ 2,4 bilhões

A presidente Dilma lança hoje o plano no Estado onde mais de 80% dos estabelecimentos agropecuários se enquadram na categoria de agricultura familiar

Para a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Paraná, 170 mil famílias da região devem ser beneficiadas com as mudanças do plano (Wikimedia Commons)

Para a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Paraná, 170 mil famílias da região devem ser beneficiadas com as mudanças do plano (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 10h14.

Curitiba – Na região sudoeste do Paraná, onde a presidente Dilma Rousseff lança hoje (12) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012, estão concentrados 89% dos estabelecimentos agropecuários existentes no estado. De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), 81,63% dos 371.051 estabelecimentos agropecuários paranaenses se enquadram na categoria de agricultura familiar.

O plano disponibilizará para a safra 2011/2012 uma linha de crédito de até R$ 16 bilhões pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A expectativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) é que o estado fique com pelo menos R$ 2,4 bilhões do total anunciado.

“Esse valor deverá ser suficiente para atender 170 mil famílias paranaenses. A quantidade máxima de famílias beneficiadas no Paraná até agora foi 150 mil”, disse à Agência Brasil o presidente da Fetaep, Ademir Mueller.

Para o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o plano traz mudanças importantes, como a simplificação das operações de crédito rural para a safra que começou este mês, com redução dos juros de 4,5% para 2% nos financiamentos para investimento, sendo que nas operações até o valor de R$ 10 mil a taxa de juros cai para 1%.

O secretário destacou também a ampliação do limite de financiamento, para a agricultura familiar, para até R$ 130 mil, a elevação do limite de financiamento do Pronaf B de R$ 2 mil para R$ 2,5 mil, a ampliação da cobertura de renda do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) de R$ 3,5 mil para R$ 4 mil, o aporte de R$ 127 milhões para Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e a criação de uma ação específica do Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a agricultura familiar.

O plano também prevê a criação de uma superintendência da Caixa Econômica Federal para avaliar e acompanhar projetos de habitação rural e investimentos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

“Esses programas vão manter um vínculo forte de compras da agricultura familiar principalmente dos mais pobres, fortalecendo a geração de renda para esses agricultores”, disse Norberto Ortigara.

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