Economia

Plano inicial não prevê venda de ações da União na Eletrobras

Contudo, se a diluição da participação via aumento de capital não for suficiente para a perda de controle, poderá haver venda direta de ações

Fernando Coelho Filho: "A modelagem da desestatização deve ser anunciada até início da próxima semana" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Fernando Coelho Filho: "A modelagem da desestatização deve ser anunciada até início da próxima semana" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 21h56.

Brasília - A intenção do governo na privatização da Eletrobras é não vender ações detidas pelas União, mas se a diluição da participação via aumento de capital não for suficiente para a perda de controle, poderá haver venda direta de ações, disse nesta quarta-feira o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

"A modelagem da desestatização da Eletrobras deve ser anunciada até início da próxima semana", disse o ministro a jornalistas após reunião do conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) que referendou o processo de desestatização da empresa.

"Só tem dois jeitos de a União perder o controle da Eletrobras: ou vai vender ações dela ou a Eletrobras vai emitir novas ações. O que está lá é que vai ser emitido novas ações, uma emissão primária", disse Coelho Filho.

O governo anunciou no início da semana a intenção de privatizar a Eletrobras, em um processo que deve ser concluído até o fim do primeiro semestre do ano que vem.

O ministro de Minas e Energia afirmou ainda que o governo federal "não vai abrir mão da realização do leilão das usinas da Cemig ainda no segundo semestre deste ano".

A intenção do governo federal é leiloar quatro usinas hidrelétricas operadas pela Cemig: Jaguara, listada no PPI, além deMiranda, São Simão e Volta Grande, que somam 2,9 mil megawatts (MW) de potência.

O leilão, marcado para setembro, foi adiado pela Justiça Federal. A questão se tornou uma disputa entre a Cemig, que não quer abrir mão das usinas, cujasconcessões venceram, e a União, que precisa dos 11 bilhões de reais previstos como arrecadação no leilão.

A Cemig alega que os contratos permitiam a renovação dos contratos.

Apesar de ressaltar a disposição do governo em leiloar as usinas, Coelho Filho disse que o governo está aberto a negociar com a estatal mineira.

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