O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima um crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. A meta do governo é de 2,8%, ou seja, um ponto percentual acima das estimativas do instituto. Para o Ipea, alguns fatores que estimularam o crescimento em 2002 devem ser mantidos, apesar da política macroeconômica restritiva com juros altos como medida para combater a inflação que pode influenciar negativamente a atividade econômica no primeiro semestre.

De acordo com Boletim Conjuntura número 60, divulgado nesta terça-feira (12/3), a estimativa é que o setor de agropecuária mantenha o desempenho, com tendência de crescer 3,3%. O boletim estima também que segmentos voltados para a exportação continuarão crescendo, embora com taxas mais baixas do que em 2002, como a indústria de transformação (1,8%) e a extrativa-mineral (7,9%). Os técnicos do Ipea esperam também recuperação dos setores de construção civil (1,5%) e de serviços industriais de utilidade pública, como energia elétrica (4,6%). As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o boletim, a politica monetária deve manter-se restritiva até meados do ano, com queda gradual da taxa de juros a partir do terceiro trimestre, para encerrar o ano em torno de 23% ao ano. A projeção de inflação de acordo com os técnicos é de 12,6%. Quanto à taxa de câmbio nominal, o boletim indica uma relativa estabilidade, oscilando em torno do atual patamar de R$ 3,50.