Economia

PIB dos EUA se contraiu pela primeira vez em 3 anos

No primeiro trimestre de 2014, o PIB americano se contraiu 1%, a primeira vez que isso ocorre em três anos


	Bandeira dos EUA: desaceleração é ligeiramente superior à esperada pelos analistas
 (David Maung/Bloomberg)

Bandeira dos EUA: desaceleração é ligeiramente superior à esperada pelos analistas (David Maung/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 11h09.

Washington - O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos se contraiu 1% anualizado no primeiro trimestre pela primeira vez em três anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo governo de Washington.

A contração, ligeiramente superior à esperada pelos analistas, difere muito dos dados antecipados pelo Departamento de Comércio, segundo os quais o PIB tinha crescido um décimo entre janeiro e março.

A desaceleração ocorre após três anos de altas trimestrais contínuas e após uma expansão de 2,6% no quarto trimestre de 2013.

O forte inverno por qual passou os Estados Unidos pesou no consumo, equivalente a um terço do PIB, somado à queda das exportações e do investimento no setor privado.

Os mercados esperavam uma contração no índice revisado, que incorpora mais indicadores, e consideram que a economia americana voltará a subir com força no segundo trimestre do ano.

A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen, disse no início do mês que o PIB americano cairia no primeiro trimestre do ano, e que as causas para isso seriam principalmente "fatores transitórios", e afirmou que a despesa dos consumidores e a produção industrial ajudariam para se retomar o viés de alta.

Segundo o relatório do PIB publicado hoje, a queda "reflete a freada forte nas exportações, uma queda maior de estoques, em investimentos fixos não residenciais e na despesa de estadual e local, que superou ao aumento da despesa a nível federal".

O consumo privado seguiu crescendo entre janeiro e março, embora a um índice de 3,1%, abaixo do 3,3% do último trimestre de 2013.

Os investimentos fixos (como no caso de novas fábricas e equipamentos) se reduziram em 1,6%, o que contrasta com o aumento de 5,7% do trimestre anterior.

As exportações caíram 6%, abaixo do aumento de 9,5% registrado de outubro a dezembro de 2013.

Todos esses retrocessos motivaram a queda na revisão do PIB para a primeira economia mundial, que desde meados do ano cresceu de maneira consistente e sólida e não registrava um trimestre negativo desde a queda de 1,3% do período janeiro-março de 2011.

*Atualizada às 11h09 do dia 29/05/2014

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