São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil crescerá 2,8 por cento em 2015, previu nesta terça-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que também revisou para baixo a expectativa de crescimento do setor em 2014, para 2,6 por cento.
O setor representa quase um quarto do PIB nacional.
"Em 2015, o desempenho dos principais setores do agronegócio brasileiro tende a ser positivo... os fundamentos não justificam animação, mas também rejeitam 'choradeira', pelo menos da maioria das atividades", afirmou o centro da Esalq/USP em nota.
Segundo a equipe de analistas do Cepea, a obtenção de crescimento previsto vai requerer que o agronegócio continue explorando seus ganhos de produtividade, sem depender apenas de impulsos da demanda.
Na avaliação da equipe Cepea, o setor vai encontrar em 2015 um mercado interno estagnado ou em fraca expansão "na melhor das hipóteses, resultado do provável aumento do desemprego e de desaceleração dos salários".
Já no exterior, as perspectivas de menor liquidez e maiores juros internacionais indicam dólar mais valorizado e preços de commodities menores.
No caso da soja, o principal produto do agronegócio, um pequeno aumento tanto da área quanto da produtividade deve gerar mais uma safra recorde, acima de 90 milhões de toneladas, o que ajuda no PIB do setor.
No caso do café, para a safra 2015/16, produtores estimam nova baixa da oferta de arábica, com as lavouras ainda sob os efeitos da seca deste ano, assinalou o Cepea.
-
1. Souza Cruz aposta no segmento premium
zoom_out_map
1/10 (GENARO JONER)
São Paulo – A Souza Cruz encerrou 2010 como a mais lucrativa do setor de agronegócios, segundo o ranking de Melhores e Maiores de EXAME. Seu lucro líquido ajustado foi de 1,338 bilhão de reais. Ao divulgar seus números anuais, a empresa destacou o forte crescimento da receita no mercado premium de cigarros. A Souza Cruz também continuou diversificando suas fontes de faturamento, usando sua estrutura de distribuição para entregar produtos de parceiros nos pontos de venda que já atende.
-
2. Yara mantém lucro, apesar de pressão do câmbio
zoom_out_map
2/10 (LEOMAR JOSE MEES)
A Yara Fertilizantes registrou lucro líquido ajustado de 860,6 milhões de reais. A cifra a colocou como a segunda empresa mais lucrativa do agronegócio em 2010. No ano passado, o principal desafio da empresa foi atenuar a pressão do câmbio, que levou a uma queda de 13% na receita líquida. Para compensá-la, a empresa manteve o volume de vendas físicas e focou em insumos de maior valor agregado. Além disso, a melhoria dos preços internacionais de fertilizantes, no terceiro e quarto trimestres, ajudou a recuperar as margens.
-
3. Suzano ganha com aumento de preços internacionais
zoom_out_map
3/10 (Germano Lüders)
O terceiro maior lucro do setor de agronegócio coube à Suzano Papel e Celulose, com 791,1 milhões de reais. O reajuste da celulose no mercado mundial e do papel no mercado interno foi o principal fator que sustentou os resultados da companhia. A Suzano viu sua venda física de celulose recuar quase 10% no ano passado, em relação a 2009. Já as vendas de papel cresceram 3,7%.
-
4. Cosan ganha com o câmbio
zoom_out_map
4/10 (DIVULGACAO)
A Cosan apresentou lucro líquido ajustado de 768,8 milhões de reais, o que a colocou na quarta posição entre as mais rentáveis do agronegócio. A empresa atribuiu o resultado a quatro fatores: a elevação dos preços em todos os segmentos em que atua, o aumento do volume de produção e vendas, o efeito positivo do dólar sobre a empresa, e os ganhos gerados pelo Refis, o programa de refinanciamento fiscal do governo federal.
-
5. Sadia fica em quinto lugar
zoom_out_map
5/10 (DIVULGACAO)
Embora tenha se fundido com a Perdigão, a Sadia ainda figurou como a quinta mais rentável do ranking de Melhores e Maiores de EXAME, com lucro líquido ajustado de 708,8 milhões de reais. Quando se considera os valores em dólares, o lucro ficou em 425,4 milhões de dólares. Como o patrimônio líquido ajustado foi de 2,458 bilhões de dólares, a rentabilidade da empresa ficou em 16,5%.
-
6. Klabin cresce no mercado interno
zoom_out_map
6/10 (Marcelo Min)
A Klabin é na sexta empresa mais lucrativa do agronegócio brasileiro, com lucro líquido ajustado de 560,5 milhões de reais. A empresa foi impulsionada, entre outros fatores, pela expansão de 17% nas vendas no mercado interno, para 1,7 milhão de toneladas de papel cartão, revestido e outros. Já no mercado externo, o volume exportado permaneceu praticamente estável, com 554.000 toneladas. Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real corroeu parte dos ganhos em reais, oriundos das exportações.
-
7. Duratex aposta na melhoria da carteira de produtos
zoom_out_map
7/10 (LEO CALDAS)
A Duratex encerrou 2010 com lucro líquido ajustado de 370,4 milhões de reais. A cifra a colocou como a sétima empresa mais rentável do setor de agronegócios. Para chegar lá, a empresa apostou na melhoria do mix de produtos, na recuperação dos preços e no aumento do volume de vendas.
-
8. Fibria fica em oitavo lugar
zoom_out_map
8/10 (GERMANO LUDERS)
Outra fabricante de papel e celulose integra a lista das empresas lucrativas do agronegócio. Trata-se da Fibria. Seu lucro líquido ajustado de 351,4 milhões de reais a coloca na oitava posição neste ranking. A Fibria conta com cinco fábricas, cuja capacidade atinge 5,25 milhões de toneladas de celulose por ano. A empresa também possui 50% de participação na Veracel, operação cuja sócia é a Stora Enso.
-
9. Cenibra lidera crescimento no setor de papel e celulose
zoom_out_map
9/10 (NELIO RODRIGUES)
A Cenibra é a nona empresa mais lucrativa do agronegócio. Em 2010, seus ganhos somaram 319,9 milhões de reais. A companhia também apresentou outro indicador de destaque – foi a que mais aumentou seu faturamento no ano: 45%, para 898 milhões de dólares. Controlada por um consórcio japonês liderado pela Oji Paper, a Cenibra tenta, agora, desengavetar o projeto de duplicação da capacidade produtiva. Orçado em 2 bilhões de dólares, o projeto foi suspenso há três anos, logo após sua aprovação, devido à eclosão da crise mundial.
-
10. Case New Holland põe o setor de máquinas na lista
zoom_out_map
10/10 (Germano Lüders)
Controlada pela italiana Fiat, a Case New Holland é a única representante do setor de máquinas agrícolas na lista das dez empresas mais lucrativas do agronegócio. No ano passado, a empresa gerou ganhos líquidos ajustados de 307,9 milhões de reais. Com isso, ficou na décima posição. No ano passado, suas vendas somaram 5,732 bilhões de reais, bem à frente da segunda colocada do setor, a Agrale, com 735,3 milhões.