PIB deve crescer 0,9% em 2012, segundo Austin Ratings
“O resultado decepcionou e ficou muito aquém do cenário de recuperação esperado para ocorrer a partir do terceiro trimestre”, afirma relatório
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 14h53.
São Paulo – Com base no “decepcionante” crescimento de 0,6% do PIB brasileiro no terceiro trimestre desse ano em relação ao anterior, a agência de classificação de risco Austin Rating revisou sua estimativa de expansão do PIB para 2012 de 1,7% para 0,9%, muito abaixo do esperado pelo federal.
“O resultado decepcionou e ficou muito aquém do cenário de recuperação esperado para ocorrer a partir do terceiro trimestre”, segundo relatório do economista chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Na segunda-feira, a expectativa dada pelo mercado no Boletim Focus era de uma elevação de 1,50%. Na semana passada, Mantega havia afirmado que o PIB cresceria 1,2% no terceiro trimestre - e que, "se tudo desse errado", iria subir 1,7%.
Os resultados do terceiro trimestre reafirmam que a letargia da economia brasileira continua no segundo semestre, segundo Agostini. O economista projeta que o último trimestre deverá crescer 1,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, sustentado em grande medida pelo PIB da agropecuária e serviços, além do retorno do crescimento do PIB da Indústria que deverá crescer 0,8%. Para 2013 a projeção foi mantida em 3,7% por enquanto.
Para a Austin Ratings, os dados indicam que o modelo de crescimento brasileiro fomentado pela maior oferta de crédito, principalmente através bancos públicos, além da queda na taxa básica de juros e as prorrogações das isenções de IPI, ainda não está esgotado. “Tais medidas contribuirão para reverter o atual processo de desaceleração da atividade econômica, principalmente no que tange ao setor industrial”, afirma o relatório, que também defende a reativação dos investimentos para sustentar o crescimento no médio e longo prazo. “O modelo atual tem riscos de saturação em um horizonte de 5 a 10 anos”, afirma o material.
PIB
O IBGE divulgou hoje os resultados do PIB referente ao terceiro trimestre de 2012, que apresentou crescimento de apenas 0,6% sobre o 2º trimestre de 2012, com ajuste sazonal (2,4% anualizado), e expansão de 0,9% na comparação contra o mesmo trimestre do ano anterior.
O desempenho abaixo do esperado, segundo Agostini, foi decorrente da queda apresentada pelo setor Industrial, que registrou retração de 1,0% no terceiro trimestre de 2012 contra mesmo período do ano anterior e pela menor contribuição do setor de serviços – em especial, pelo enfraquecimento do setor financeiro.
A taxa de investimento sobre o PIB ficou em 18,7%, aquém do nível de 25% “que é o desejado para ativar com maior vigor os fatores de produção”, segundo a Austin. O nível de investimento brasileiro também está em um patamar inferior ao observado em economias emergentes como China (48%) e Índia (34%).
São Paulo – Com base no “decepcionante” crescimento de 0,6% do PIB brasileiro no terceiro trimestre desse ano em relação ao anterior, a agência de classificação de risco Austin Rating revisou sua estimativa de expansão do PIB para 2012 de 1,7% para 0,9%, muito abaixo do esperado pelo federal.
“O resultado decepcionou e ficou muito aquém do cenário de recuperação esperado para ocorrer a partir do terceiro trimestre”, segundo relatório do economista chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Na segunda-feira, a expectativa dada pelo mercado no Boletim Focus era de uma elevação de 1,50%. Na semana passada, Mantega havia afirmado que o PIB cresceria 1,2% no terceiro trimestre - e que, "se tudo desse errado", iria subir 1,7%.
Os resultados do terceiro trimestre reafirmam que a letargia da economia brasileira continua no segundo semestre, segundo Agostini. O economista projeta que o último trimestre deverá crescer 1,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, sustentado em grande medida pelo PIB da agropecuária e serviços, além do retorno do crescimento do PIB da Indústria que deverá crescer 0,8%. Para 2013 a projeção foi mantida em 3,7% por enquanto.
Para a Austin Ratings, os dados indicam que o modelo de crescimento brasileiro fomentado pela maior oferta de crédito, principalmente através bancos públicos, além da queda na taxa básica de juros e as prorrogações das isenções de IPI, ainda não está esgotado. “Tais medidas contribuirão para reverter o atual processo de desaceleração da atividade econômica, principalmente no que tange ao setor industrial”, afirma o relatório, que também defende a reativação dos investimentos para sustentar o crescimento no médio e longo prazo. “O modelo atual tem riscos de saturação em um horizonte de 5 a 10 anos”, afirma o material.
PIB
O IBGE divulgou hoje os resultados do PIB referente ao terceiro trimestre de 2012, que apresentou crescimento de apenas 0,6% sobre o 2º trimestre de 2012, com ajuste sazonal (2,4% anualizado), e expansão de 0,9% na comparação contra o mesmo trimestre do ano anterior.
O desempenho abaixo do esperado, segundo Agostini, foi decorrente da queda apresentada pelo setor Industrial, que registrou retração de 1,0% no terceiro trimestre de 2012 contra mesmo período do ano anterior e pela menor contribuição do setor de serviços – em especial, pelo enfraquecimento do setor financeiro.
A taxa de investimento sobre o PIB ficou em 18,7%, aquém do nível de 25% “que é o desejado para ativar com maior vigor os fatores de produção”, segundo a Austin. O nível de investimento brasileiro também está em um patamar inferior ao observado em economias emergentes como China (48%) e Índia (34%).