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PIB cresce 0,2% no 2º trimestre e confirma retomada, diz IBGE

Destaque foi a alta de 1,4% no consumo das famílias após nove quedas seguidas, enquanto investimento segue em queda

Consumidores caminham no mercado do Saara, no Rio de Janeiro (Mario Tama/Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 09h01.

Última atualização em 1 de setembro de 2017 às 13h11.

São Paulo - O Produto Interno Bruto ( PIB ) do Brasil cresceu 0,2% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre.

É a segunda alta trimestral seguida da economia brasileira , confirmando a trajetória de retomada.

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Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (01).

No 1º trimestre do ano, o PIB havia crescido 1% sobre o trimestre anterior, a primeira alta após 8 quedas seguidas.

Na comparação com o 2º trimestre de 2016, a alta no 2º trimestre foi de 0,3%, o primeiro resultado positivo nessa medida após 12 trimestres de queda.

No acumulado de quatro trimestres sobre os quatro trimestres anteriores, ainda há queda (1,4%). Na comparação entre o primeiro semestre de 2017 com o primeiro semestre de 2016, há estabilidade.

"O PIB foi dentro do esperado e significa que continua a retomada e a tendência de recuperação. O mais interessante é que teve uma crise política no meio desse trimestre que não foi pequena, e mesmo assim o PIB continuou no mesmo rumo", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Uma pesquisa da Reuters com analistas e instituições financeiras previa um número ligeiramente menor para a alta trimestral: crescimento de 0,1%.

Infográfico PIB 2017

Houve crescimento zero da agricultura, que havia sido o grande destaque no 1º trimestre com crescimento de 13,4%.

Como a base era alta, havia expectativa de uma correção mais forte e um número até negativo, o que não se confirmou.

Já a Indústria, que havia subido 0,9% no 1º trimestre, voltou a cair: -0,5%. Os Serviços subiram 0,6% com número positivo no comércio (1,9%) e negativo nos serviços de informação (-2%).

O destaque foi a alta de 1,4% no consumo das famílias após nove quedas seguidas. Segundo o IBGE, o número foi influenciado pela "desaceleração da inflação, a redução da taxa básica de juros e o crescimento, em termos reais, da massa salarial".

O destaque negativo segue sendo o investimento, que caiu 0,7% na comparação com o trimestre anterior e 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

"Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações de bens de capital e pelo desempenho negativo da construção neste período", diz o IBGE.

A taxa de investimento ficou em 15,6% do PIB, mais de um ponto percentual abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (16,8%). Já a taxa de poupança subiu de 13,9% para 15,7% no mesmo intervalo.

O consumo do governo caiu tanto em relação ao trimestre anterior (-0,9%) quanto na comparação anual (-2,4%).

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia afirmado no início da semana que a taxa de crescimento trimestral ficaria em torno de zero:

"A agricultura cresce muito no primeiro trimestre e, no segundo, cresce menos, é até negativo. O efeito disso é que o número que será divulgado na sexta-feira será baixo, próximo do equilíbrio".

Período de comparaçãoPIB
2º Tri 2017 / 1º tri 20170,2%
2º Tri 2017 / 2º Tri 20160,3%
Acumul. 4 tri / Acumul. 4 tri anteriores-1,4%
Valores correntes no trimestre (R$ bilhões)1.639,3

 

Período de comparaçãoAgropec.IndústriaServiços
2º Tri 2017 / 1º tri 20170,0%-0,5%0,6%
2º Tri 2017 / 2º Tri 201614,9%-2,1%-0,3%
Acumul. 4 tri / Acumul. 4 tri anteriores6,2%-2,1%-1,7%
Valores correntes no trimestre (R$ bilhões)82,4298,71.041,7

 

Período de comparaçãoInvestimentoCons. Fam.Cons. Gov.
2º Tri 2017 / 1º tri 2017-0,7%1,4%-0,9%
2º Tri 2017 / 2º Tri 2016-6,5%0,7%-2,4%
Acumul. 4 tri / Acumul. 4 tri anteriores-6,1%-1,9%-1,2%
Valores correntes no trimestre (R$ bilhões)253,91.023,3336,1
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